Quarta, 09 Março 2022 15:12
É A POLÍTICA ECONÔMICA

Gasolina em refinaria privatizada já é 27,4% mais cara do que a vendida pela Petrobras

Governo impôs três anos de sofrimento ao povo com preço de combustíveis dolarizado e Bolsonaro só pensa em sua reeleição
NEM AÍ PARA O POVO - Combustíveis cada vez mais caros. Privatização de refinaria na Bahia eleva ainda mais preços e o governo Bolsonaro só começa a se preocupar com custos para a população há meses da eleição de 2022 NEM AÍ PARA O POVO - Combustíveis cada vez mais caros. Privatização de refinaria na Bahia eleva ainda mais preços e o governo Bolsonaro só começa a se preocupar com custos para a população há meses da eleição de 2022 Foto: Agência Brasil

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Para quem ainda acredita na falácia neoliberal de que as privatizações aumentam a concorrência e reduzem preços ao consumidor é bom ir com calma. A refinaria da Petrobras da Bahia, privatizada, já está com preços 27,4% mais caros do que da estatal.

Um dos “calcanhares de aquiles” do presidente Jair Bolsonaro, preocupado com a sua impopularidade e com medo de não conseguir a sua reeleição, são os preços dos combustíveis.

A política de Bolsonaro

Após o governo federal passar mais de três anos culpando os governadores e o ICMS pelos altos preços da gasolina, etanol e gás de cozinha, Bolsonaro passou agora a criticar a política de preços de seu próprio governo porque, no fundo, sabe que a responsabilidade é toda da administração federal, que é quem indica a presidência da estatal. A Petrobras é hoje dirigida pelo general de Exército Luna e Silva. Sua gestão é marcada pela continuidade da mesma política dos últimos anos, com os preços determinados pelo mercado internacional em Rotterdam, na Holanda, desde o governo Michel Temer, dolarizando os preços para o mercado nacional. Chama a atenção também, o polpudo salário do general, de R$ 260.400, valor fixado Conselho de Administração (CA) da empresa, o que repercute nas altas remunerações dos demais cargos comissionados do alto escalão da empresa. A atual gestão não demonstra nenhuma preocupação com o sofrimento do povo frente às constantes subidas dos combustíveis que ajudam na explosão inflacionária, em um efeito cascata: sobe o Dieesel, que abastasse o transporte de caminhões, sobe tudo.

“Pensando somente em sua reeleição, o presidente Bolsonaro está desesperado e é capaz de passar por cima da vontade do ministro da Economia Paulo Guedes e dos mercados, não preocupado com a população, que sofreu durante todo o seu governo e o de Temer com os aumentos dos preços dos combustíveis, mas com a perda de popularidade e rejeição ao seu governo e o risco real de não se reeleger. E a falácia das privatizações e de que os altos preços são culpa do monopólio estatal e dos governadores caíram por terra”, critica o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, José Ferreira.

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