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Após dois anos, as mulheres voltam às ruas em manifestações contra a violência, contra a carestia, em defesa do emprego e com o grito “Bolsonaro, Nunca Mais”
Publicado: 08 Março, 2022 - 17h24 | Última modificação: 09 Março, 2022 - 08h53
Escrito por: Andre Accarini | Editado por: Marize Muniz
O 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, este ano, está sendo marcado pela volta das manifestações presenciais. Às ruas de várias cidades do Brasil, elas levaram suas vozes em defesa do emprego e contra a carestia e elevaram o tom no protesto contra a violência cotidianamente praticada contra as mulheres, de várias formas – psicológica, física e econômica.
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Neste dia, o machismo e a misoginia foram alvo principal das manifestações e o grito “Bolsonaro Nunca Mais!”, a palavra de ordem em todos os protestos.
Em São Paulo, a manifestação começou às 14h com a concentração das mulheres da CUT no Espaço Lélia Abramo, nas proximidades da Avenida Paulista. De lá elas seguiram em marcha até o vão livre MASP, onde foi realizado o ato principal, reunindo lideranças da CUT, centrais sindicais, movimentos sociais, feministas, lideranças políticas e outras personalidades.
Na concentração, Juneia Batista, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, reforçou a convocação a todas as mulheres na luta contra a violência. Veja alguns momentos da concentração em São Paulo.
No interior do Pará, região do Baixo Tocantins, a Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro, participou de uma marcha que teve início no município de Igarapé-Miri até o trevo de Abaetetuba. Foram cerca de 44km com a CUT-Pará e movimentos feministas fazendo ecoar suas vozes de protesto contra os “grandes projetos de morte”.
Na região, a população de vários municípios protesta contra a implementação da hidrovia Araguaia-Tocantins e a Ferrovia Paraense, obras que ignoram a subsistência dessas populações, impactando-as social e economicamente.
“Essas obras passam e não lembram da nossa existência. Nosso povo será duramente afetado, em especial, nossas mulheres, por isso estamos aqui para dizer Bolsonaro, Nunca Mais e ‘não’ a esses projetos”, disse a dirigente.
Pelo Brasil, em capitais e cidades do interior dos estados também foram realizados atos. Veja alguns:
Distrito Federal
Em Brasília, o ato foi programado teve início às 17h no Museu da República com caminhada e ato em frente ao Congresso Nacional, programado para às 18h30. Mas logo pela manhã, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF, Thaísa Magalhães, participou de uma mesa de debate do Sindicato dos Trabalhadores na Universidade Federal de Brasília (Sintfub), que abordou a violência contra as mulheres e a Lei Maria da Penha.
Mato Grosso
Em Cuiabá a concentração ocorreu na Praça Rachid Jaudy, às 8h. Além da manifestação, a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) promoveu o Seminário do Dia Internacional da Mulher da FETEMS - Empodere a mulher que há em você! Seja uma mulher de luta!
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande a concentração ocorreu na Avenida Afonso Pena, esquina com a 14 de Julho, logo pela manhã, às 8h. A CUT-MS foi às ruas em um ato de mobilização contra o governo Bolsonaro. Mulheres (e também os homens), com faixas, cartazes, e camisetas com a frase “Pela vida das mulheres” gritaram “Bolsonaro Nunca Mais”. O Presidente da CUT-MS, Vilson Gimenes Gregóriom enfatizou a união de todos.”Estar aqui presente e pedir “Bolsonaro nunca mais” não é só um ato de união, mas um dever de cidadão” destacou.
Rondônia
Em Porto Velho, a CUT e a Frente Brasil Popular realizaram um Pit Stop na manhã desta terça-feira para distribuir o manifesto elaborado pelas entidades, que cobram moradia, educação, saúde, trabalho, alimentação saudável e livre de venenos, transporte público de qualidade, respeito, democracia, e a uma vida livre de qualquer tipo de violência.
Elzilene do Nascimento, presidente da CUT/RO destacou: "todos os dias , nós mulheres somos o principal alvo da violência e da desigualdade causada pelo capitalismo”... “Estamos na rua lutando por equidade e pelo direito de viver!"
Ceará
Em Fortaleza, o 8 de Março foi marcado por uma homenagem a uma das mais fortes, brilhantes e talentosas mulheres da história contemporânea do Brasil. Ícone, Elza Soares deu nome à tenda e à feira feminista que fizeram parte da manifestação do Dia Internacional da Mulher na capital cearense.
Antes, no início do dia, o Sindicato União dos Trabalhadores em Educação (Sindiute) promoveu às 8h, no Paço Municipal, um ato com o tema “Dia de luta por todas as pautas comuns das mulheres, por concurso público e carteira assinada para as professoras substitutas”.
Paraíba
Em João Pessoa, a caminhada começou às 7h com concentração na Praça Edivaldo. A CUT-PB, junto com outros movimentos, levou às ruas o grito por um país com mais respeito, com igualdade de oportunidades e de direitos, englobando pautas, como a aprovação da PL 2564 que institui o piso salarial e redução de jornada de trabalho da categoria de enfermagem, majoritariamente composta por mulheres.
Pernambuco
Distante 231 Km de Recife, Garanhuns, cidade Natal do ex-presidente Lula, teve ato também logo pela manhã. A Concentração do ato "Mulheres de Pernambuco por um Brasil sem Violência. Bolsonaro nunca mais!" aconteceu na praça da Fonte Luminosa.
Piauí
Em Teresina, o “Dia de Luta em Defesa da Vida de Todas as Mulheres”, começou às 9h, na Praça Rio Branco.
Leia mais sobre o ato no Piaui aqui
Sergipe
Em Aracaju, o ato foi realizado na Reserva Ecológica da Mangabeira, a às 9h. O local é um patrimônio do estado, onde, há mais de 60 anos, 11 famílias vivem do extrativismo da mangaba e garantem a preservação desta cultura que é parte da identidade do povo sergipano. Na pauta da manifestação, o lema “Pela vida de todas as mulheres, fora Bolsonaro! Por um Brasil sem machismo, racismo e fome!”.
São Paulo
Em cidades do interior do estado também foram realizadas manifestações pelo 8 de Março. Em Limeira, o dia começou com uma atividade do Sindicato dos Bancários pelo Dia Internacional da Mulher, na Praça Toledo Barros, com a participação especial da cantora Simone Carvalho e presença de Kelly Scholl do Sindsel.
Em Sorocaba foi realizado um ato na Câmara Municipal contra a violência política de gênero.
Santa Catarina
Em Chapecó, no leste catarinense, a mobilização começou ás 9h com atividades culturais, música e ato político. Mulheres se reuniram na Praça Central para protestar contra a violência, o machismo, o racismo,a fome e para pedir: Bolsonaro, nunca mais.
Em Rio do Sul, para marcar o Dia Internacional das Mulheres, o Fórum das Entidades do Campo e das Cidades de Rio do Sul promoveu atividades para chamar a atenção para as pautas das mulheres contra a violência, o machismo e o racismo. Umas delas foi a ação chamada "Sapatos falantes", em que calçados foram espalhados pela cidade na madrugada de segunda-feira (7) para terça (8) com mensagens e dados sobre a violência contra a mulher, enfatizando a existência da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - o número 180. Outra ação foi a distribuição de um panfleto com as pautas das mulheres trabalhadoras para dialogar com a população.
Em São Miguel do Oeste, o ato foi realizado na Praça Municipal Walnir Bottaro Daniel, às 9h. Mulheres trabalhadoras do campo e da cidade ocuparam às ruas da cidade para dizer um basta à violência, ao machismo, ao racismo e à fome. Com cartazes, faixas e uma performance mostrando os sofrimentos das mulheres, as participantes caminharam pelas ruas mandando o recado: Bolsonaro, nunca mais!
Rio Grande do Sul
Também em Porto Alegre, a cantora Elza Soares foi homenageada neste dia. Os debates começaram ao meio-dia e o ato político está programado para ter início no fim da tarde. A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, Ana Cruz, participa dos atos.
Fotos: reprodução/ Redes Sociais CUT e Sindicatos