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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Em todo o Brasil, mães lutam por justiça pela morte de seus filhos e maridos na guerra de ações policiais em favelas e periferias. As mulheres se organizam e criam grupos de ajuda psicológica familiares e mobilizam protestos de rua para denunciar a violência policial que mata, em sua maioria, jovens negros e pobres.
Violência do estado
No Rio de Janeiro foi criado o movimento Mães de Manguinhos, fundada pela pedagoga Ana Paula Oliveira e por Fátima Pinho, moradoras da comunidade que tiveram seus filhos mortos pela polícia. Em 2014, Johnathan de Oliveira, de 19 anos, filho de Ana Paula, foi atingido com um tiro pelas costas durante uma ronda. Já o filho de Fátima, Paulo Roberto, de 19 anos, foi espancado por policiais até a morte.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Rio de Janeiro é o líder em mortes durante ações policiais. Entre os mortos pela polícia, 86% são pessoas negras. A população negra representa 51,7% da população do estado.
“São mulheres que perdem seus filhos, maridos e parentes. Exigimos um basta nesta política de extermínio da população negra e pobre pelo aparato militar do estado e que faz parte da política de segurança do governador Claudio Castro”, disse a diretora do Sindicato do Rio e diretora da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-Rio, Marlene Miranda.
Presos por engano
O racismo se revela também no número de pessoas presas injustamente no Brasil: segundo o Instituto Colege, 83% de brasileiros presos por engano em identificação por fotografia são negros.