O secretário Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, disse na sexta-feira (4), que a decisão do governo Cláudio Castro (PL) de permitir que cada município decida sobre se deve ou não continuar com a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos ou fechados foi tomada num momento de uma “conjuntura positiva” para o início da flexibilização.
Especialistas condenam a decisão do governo estadual que está em sintonia com o negacionismo em nível federal pelo governo Bolsonaro. O Observatório da Fiocruz considerou "precipitada" a decisão de flexibilizar as medidas de proteção contra o novo coronavirus.
Alegando ter ouvido o Comitê Cientifico, o prefeito Eduardo Paes oficializou em decreto, em edição extra do Diário Oficial do Rio, na segunda-feira (7), o fim da obrigatoriedade da máscara, já a partir desta terça (8). O município é o primeiro do país a tomar a decisão de flexibilização, que coloca em risco a população. O passaporte vacinal continuará a ser exigido até pelo menos o final de março.
“A pesquisa da Fiocruz coloca por terra todos os argumentos negacionistas e serve de alerta para a decisão irresponsável de flexibilização do governador Cláudio Castro e do prefeito Eduardo Paes”, destaca o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo

Pesquisa da Fiocruz

Na contramão da decisão de Castro e Paes, um Estudo da Fiocruz mostra o contrário, reafirmando a importância do isolamento social e do uso de equipamentos de segurança no combate à pandemia, bem como que a vacinação é a saída contra a crise sanitária que já matou milhões no mundo. A pesquisa revela que o lockdown evitou pelo menos 66 mil mortes por Covid-19 no Rio. A vacinação e o isolamento podem ter evitado 380 mil internações até junho do ano passado.