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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
O Comando Nacional dos Bancários se reuniu nesta quinta-feira (3) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O objetivo do encontro é para que os representantes da categoria possam ouvir especialistas sobre o quadro da pandemia e suas recomendações a respeito da continuidade do cumprimento de protocolos de segurança sanitária em decorrência da Covid-19.
O movimento sindical cobrou também medidas a serem tomadas em decorrência dos efeitos e sequelas da doença sobre a categoria, baseado nos resultados da "Avaliação longitudinal do Impacto do SARS-Cov2 no sistema nervoso em bancários", realizada pelas professoras doutoras Clarissa Yassuda e Márcia Bandini, estudo realizado em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A Fenaban informou que os especialistas que seriam ouvidos preferiram aguardar a consolidação do quadro da pandemia após o período de Carnaval e pediu uma nova reunião ocorresse daqui a 15 ou 20 dias.
“Avançamos bastante nas negociações exigindo dos bancos medidas mais eficazes de prevenção à Covid-19 e conseguimos garantir que funcionários mais vulneráveis pudessem trabalhar em home office. Mas os banqueiros precisam entender que a pandemia está longe de acabar, em especial em função das variantes do novo coronavírus. Vamos continuar lutando para garantir a vida e a proteção de todos os bancários e bancárias”, disse a vice-presidenta do Sindicato do Rio, Kátia Branco.
Covid some da mídia
O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, disse estar preocupado com o descaso de autoridades e dos meios de comunicação com quadro atual da Covid-19 no país. “Parece que estão querendo acabar com a pandemia por decreto. Não vemos mais os meios de comunicação tratando a pandemia com a devida importância e alguns bancos estão descumprindo os protocolos tratados nesta mesa e passaram a se orientar por portarias que não levam em conta nossa preocupação com a saúde e a vida dos trabalhadores, não apenas com questões econômicas ou com o lucro”, observou.
Os sindicatos lembram que, em função da guerra na Ucrânia, a pandemia ficou ainda mais fora da pauta jornalística dos grandes meios de comunicação. Destacaram ainda o fato de que a pesquisa realizada pela Contraf-CUT revelou que 44% dos trabalhadores estão com a capacidade de trabalho afetada e continuam trabalhando.
O representante da Fenaban informou que os bancos assumem o compromisso de continuar trabalhando com prevenção e vão estudar quais medidas serão tomadas devido às sequelas da doença.
Após a pressão dos sindicalistas, os bancos recuaram da posição de não fechar as unidades para sanitização onde houvesse casos confirmados e que, somente a partir do dia 11, só manteria a posição inicial após o “efeito Carnaval”, avaliando a situação da pandemia.
O Comando acha que é preciso levar em conta a situação de cada local e que os sindicatos devem fazer este acompanhamento e tratar diretamente com os gestores locais/regionais e que não deveria ser fixada uma data para se deixar de cumprir os protocolos antes de um debate com especialistas sobre a evolução da pandemia.
Uma nova reunião, para que os especialistas sejam ouvidos, será marcada ainda para este mês.