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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Rio - A forte chuva que caiu na cidade de Petrópolis na tarde de terça-feira (15) deixou ao menos 35 mortos, de acordo com a Polícia Civil. O número certamente aumentará nas próximas horas: as buscas por desaparecidos continuam e corpos são encontrados a todo o momento. Entre os mais de 171 pontos de deslizamento, o mais crítico é o do Morro da Oficina: parte da encosta foi literalmente abaixo durante a tarde. O município decretou Estado de Calamidade Pública e os militares seguem trabalhando. Há previsão de mais chuva para esta quarta-feira.
Após o temporal que caiu na tarde de terça-feira, a região central ficou completamente destruída. Ao menos 12 corpos foram encontrados na Rua do Imperador, uma das mais famosas e turísticas da cidade. Na Rua Teresa, conhecida pelo seu comércio têxtil, uma encosta deslizou e dezenas de veículos ficaram pelo caminho.
No início da manhã, no Morro da Oficina, uma mulher clamava pelo nome da filha e tentava ajudar os bombeiros nas buscas por ela e outros parentes, que estão desaparecidos. "Estão minha filha, a tia dela e uma neném, filha da minha afilhada, debaixo dos escombros. Eu já estou perdendo as esperanças. Um bebê de 1 ano de idade sem respirar, debaixo da lama. Você consegue?", disse a mulher, desolada, à TV Globo.
No Alto da Serra, irmãos buscavam nos escombros os corpos dos pais, que viviam há mais de 40 anos na mesma casa.
"A gente precisa de um mínimo necessário para reconstruir a cidade. Decretei estado de calamidade pública porque a cidade não tem a menor capacidade de se mobilizar sozinha", disse o prefeito de Petrópolis, Rubem Bomtempo, à TV Globo.
A maior incidência de deslizamento ocorreu nos bairros do Centro, Quitandinha, Caxambu, Alto da Serra e Castelânea. Em poucas horas de terça-feira, choveu o previsto para o mês inteiro: o maior registro é de 125.8 mm/h, às 17h15 no Alto da Serra (INEA). No São Sebastião, o acumulado pluviométrico em 6 horas chegou a 259.8 mm, às 21h10.
Ao longo da manhã, fez aeronaves das forças de segurança do estado auxiliarão os trabalhos do Corpo de Bombeiros local, onde mais de 180 militares trabalham no atendimento à população.
No momento, famílias estão sendo acolhidas em pontos de apoio que funcionam em escolas da cidade. São elas: