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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Pelas contas da Aesel e da Aeel, empresa vale, no mínimo, R$ 400 bilhões. Governo quer vender por R$ 67 bilhões. Nas redes já começou o tuitaço com a tag #BlackFridayEletrobras. Participe
Publicado: 11 Fevereiro, 2022 - 10h47 | Última modificação: 11 Fevereiro, 2022 - 11h00
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
A Eletrobras vale, no mínimo, R$ 400 bilhões, segundo cálculos da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel) e da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), mas o governo de Jair Bolsonaro (PL) avaliou a estatal em muito menos e quer vender a empresa por apenas R$ 67 bilhões, com prejuízo de R$ 333 bilhões.
Esse susposto erro emperrou a privatização da Eletrobras, que pode ser barrada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que também estranhou o valor calculado pelo governo.
O ministro do Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU) deve propor um recálculo do bônus a ser pago pela Eletrobras à União, diz reportagem da Folha de S. Paulo.
Representantes dos eletricitários, que lutam contra a privatização da estatal aproveitaram essa notícia bombástica para fazer mais uma ação de redes denunciando a venda da Eletrobras a preço de banana. O tuitaço com a hashtag #BlackFridayEletrobras começou às 8h. E o alerta aos brasileiros é: quem vai pagar essa conta é você.
Além dessa conta pelo suposto erro de cálculo do governo Bolsonaro, a privatização da Eletrobras vai pesar e muito no bolso dos brasileiros. Confira aqui.
TCU analisa proposta de ministro na terça, 15
Caso a proposta do ministro Vital do Rêgo seja confirmada pelo plenário do TCU, que se reúne na próxima terça-feira (15) o governo enfrentará dificuldades para concluir a privatização da estatal ainda neste ano, afirmam representantes dos eletricitátios e vários analistas.
De acordo com a reportagem da Folha, Vital do Rêgo deve propor uma determinação para que o bônus a ser pago à União, calculado em R$ 25,3 bilhões, seja ampliado para incorporar a capacidade de entrega rápida de energia pelas usinas hidrelétricas em horários de pico.
Em horários de pico, o Operador Nacional do Sistema (ONS) precisa acionar rapidamente novas geradoras de energia para suprir a demanda, usinas hidrelétricas têm uma resposta mais ágil do que outras fontes de energia, como algumas térmicas, eólicas e solares.
Por isso, a potência das usinas hidrelétricas é um atributo valioso para entrega instantânea de energia em horários de maior demanda.