Segunda, 14 Fevereiro 2022 11:15

Ministro do TCU quer que governo refaça cálculo de venda da Eletrobras

 

  

Pelas contas da Aesel e da Aeel, empresa vale, no mínimo, R$ 400 bilhões. Governo quer vender por R$ 67 bilhões. Nas redes já começou o tuitaço com a tag #BlackFridayEletrobras. Participe

 Publicado: 11 Fevereiro, 2022 - 10h47 | Última modificação: 11 Fevereiro, 2022 - 11h00

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

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A Eletrobras vale, no mínimo, R$ 400 bilhões, segundo cálculos da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel) e da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), mas o governo de Jair Bolsonaro (PL) avaliou a estatal em muito menos e quer vender a empresa por apenas R$ 67 bilhões, com prejuízo de R$ 333 bilhões.

Esse susposto erro emperrou a privatização da Eletrobras, que pode ser barrada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que também estranhou o valor calculado pelo governo.

O ministro do Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU) deve propor um recálculo do bônus a ser pago pela Eletrobras à União, diz reportagem da Folha de S. Paulo.

Representantes dos eletricitários, que lutam contra a privatização da estatal aproveitaram essa notícia bombástica para fazer mais uma ação de redes denunciando a venda da Eletrobras a preço de banana. O tuitaço com a hashtag #BlackFridayEletrobras começou às 8h.  E o alerta aos brasileiros é: quem vai pagar essa conta é você.

Além dessa conta pelo suposto erro de cálculo do governo Bolsonaro, a privatização da Eletrobras vai pesar e muito no bolso dos brasileiros. Confira aqui.

TCU analisa proposta de ministro na terça, 15

Caso a proposta do ministro Vital do Rêgo seja confirmada pelo plenário do TCU, que se reúne na próxima terça-feira (15) o governo enfrentará dificuldades para concluir a privatização da estatal ainda neste ano, afirmam representantes dos eletricitátios e vários analistas.

De acordo com a reportagem da Folha, Vital do Rêgo deve propor uma determinação para que o bônus a ser pago à União, calculado em R$ 25,3 bilhões, seja ampliado para incorporar a capacidade de entrega rápida de energia pelas usinas hidrelétricas em horários de pico.

Em horários de pico, o Operador Nacional do Sistema (ONS) precisa acionar rapidamente novas geradoras de energia para suprir a demanda, usinas hidrelétricas têm uma resposta mais ágil do que outras fontes de energia, como algumas térmicas, eólicas e solares.

Por isso, a potência das usinas hidrelétricas é um atributo valioso para entrega instantânea de energia em horários de maior demanda.

 

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