Segunda, 07 Fevereiro 2022 21:07
BASTA DE RACISMO

Assassinatos de negros no Brasil geram indignação e protestos

Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da  Contraf-CUT (de preto, à direita) no protesto, na Barra Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (de preto, à direita) no protesto, na Barra

O protesto contra o assassinato do jovem negro Moise Kabagambe, realizado no último sábado (5), em frente ao quiosque “Tropicália”, na Barra da Tijuca, onde o trabalhador congolês foi morto a pauladas, contou com a participação de centenas de pessoas, em solidariedade à família do rapaz africano. A manifestação teve a presença de entidades do movimento negro e de defesa dos direitos humanos. Segundo os familiares, Moise foi brutalmente morto na noite de 24 de janeiro porque cobrava do patrão, dono do quiosque, o pagamento de R$200 referente a diárias de seu trabalho no estabelecimento comercial.
O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) Almir Aguiar, que participou do ato, disse que a tragédia vivida pela família africana no Rio não é um caso isolado, mas é fruto de uma sociedade racista e xenófoba.
“Dados da ONU (Organização das Nações Unidas) mostram que, a cada 23 minutos morre um negro ou negra no Brasil. Queremos justiça para o Moise, mas também para todos os negros que estão sendo mortos em nosso país todos os dias”, disse o sindicalista, lembrando também da morte de mais um negro, Durval Filho, na última quarta-feira (2) com três tiros por um militar que “confundiu” o seu vizinho com um bandido, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio.
Houve protesto também em São Paulo, em frente ao Masp (Museu de Arte Moderna), na Avenida Paulista e até no exterior, em Berlim, na Alemanha, em frente à embaixada do Brasil.

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