Segunda, 31 Janeiro 2022 23:40

Negociação com a Fenaban sobre protocolos da Covid tem poucos avanços

Kátia Branco, presidenta em exercício do Sindicato lembra que a vida da categoria está em risco. “Vamos continuar insistindo, não vamos dar trégua”. Kátia Branco, presidenta em exercício do Sindicato lembra que a vida da categoria está em risco. “Vamos continuar insistindo, não vamos dar trégua”.

Não houve qualquer avanço significativo na negociação desta segunda-feira (31/1) entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Não foi nem de longe o resultado que se esperava para fazer frente à escalada de contaminações e internações nos bancos pela covid-19 e corrigir a postura adotada pelo sistema financeiro de protocolos que negam o agravamento da pandemia.
Na reunião os bancos deram retorno sobre as reivindicações com relação aos protocolos de segurança sanitária para garantir a saúde e a vida da categoria, apresentadas em 18 de janeiro. “Não teve avanço praticamente nenhum, só em relação aos dez dias de afastamento dos contaminados em vez de sete, como estavam impondo. Mas vamos continuar insistindo, não vamos dar trégua”, afirmou Kátia Branco, presidenta em exercício do Sindicato e membro do Comando Nacional.

Vidas em risco

Acrescentou ser preciso defender a vida da categoria que está sob risco crescente devido ao avanço da Covid, principalmente da variante Ômicrom, de contaminação mais rápida e que tem levado a internações e mortes, sobretudo de não vacinados. “Obtivemos algumas respostas positivas, mas ainda insuficientes para garantir a saúde e a vida dos bancários e evitar que os bancos se tornem um foco de transmissão da doença para toda a sociedade”, disse a coordenadora do Comando, Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
“Os bancos garantiram que os que mantiveram contato com colegas com caso confirmado de Covid-19 devem ser testados para que haja o retorno ao trabalho. Caso não haja condições de efetuar o teste, o retorno deve ocorrer somente no 11º dia após o contato”, informou o secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.

Dez dias

Os bancos vão enviar comunicados aos gestores orientando o afastamento de 10 dias, com retorno somente a partir do 11º dia, no caso de não haver testes disponíveis, podendo ser reduzido para 7 dias, com retorno a partir do 8º dia, caso haja um segundo teste negativo, após o 5º dia de sintomas. Não aceitaram fornecer máscaras adequadas para os funcionários, que sejam capazes de minimizar as possibilidades de contágio.
Alegam que há bancários que preferem usar máscaras de pano. Os bancos vão adquirir as vacinas assim que as mesmas forem disponibilizadas, com a atualização da fórmula para a proteção contra a H3N2 e as novas cepas do vírus da gripe. A previsão é de que a vacinação nos bancos seja realizada entre abril e junho, dependendo de quando a nova vacina ficar pronta e do tempo que a Anvisa levará para autorizar sua importação

Medidas reivindicadas pelo Comando

• Sanitização das agências e unidades administrativas com casos confirmados;
• Exigência do passaporte da vacina dos clientes;
• Distribuição de máscaras adequadas (PFF2/N95) para os funcionários;
• Protocolo unificado;
• Retomada do teletrabalho em home office;
• Controle de acesso de clientes;
• Redução do horário de atendimento para diminuir tempo de exposição;
• Garantia de álcool-gel nas agências e departamentos;
• Manutenção de marcação do distanciamento;
• Suspensão de visitas a clientes, pelo menos neste momento de alta de casos de infecção;
• Melhorar o atendimento da telemedicina;
• Compromisso com a não-demissão;
• Antecipação da vacinação contra a gripe.

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