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Em janeiro, índice desacelerou (0,58%) por causa da queda dos combustíveis, mas 8 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta
Publicado: 26 Janeiro, 2022 - 11h03 | Última modificação: 26 Janeiro, 2022 - 11h12
Escrito por: Redação CUT
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, foi de 10,20% nis últimos 12 meses. Em janeiro de 2022, o índice ficou em 0,58%, 0,20 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (0,78%).
Apesar do índice ter desacelerado em janeiro, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (26), oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta.
O maior impacto no índice do mês (0,20 p.p.) foi no grupo alimentação e bebidas (0,97%), que subiu 0,35% em relação a dezembro.
Na sequência, vieram os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,93%) e Habitação (0,62%), que contribuíram com 0,12 p.p. e 0,10 p.p., respectivamente. Já as maiores variações foram de Vestuário (1,48%) e Artigos de Residência (1,40%).
A exceção foram os Transportes, cujos preços recuaram 0,41% em janeiro, após a alta de 2,31% em dezembro em razão da que no preço dos combustiveis. Depois de muitas altas, o preços da gasolina caiu (-1,78%) e o do etanol (-3,89%). A queda na gasolina teve impacto de -0,12 ponto percentual no resultado do mês. O preço médio das passagens aéreas também recuaram, -18,21%, com novo impacto de -0,12 ponto.
Por outro lado, subiram os preços de automóveis novos (1,90%) e do item emplacamento e licença (1,70%), que inclui o IPVA. O IBGE apurou ainda alta no seguro (3,25%) e no aluguel de veículos (12,94%). O custo do táxi variou 0,21%, com reajuste de 9,75% nas tarifas no Rio de Janeiro.
Café e carne mais caros
No grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 0,97%, o item alimentação no domicílio passou de 0,46%, em dezembro, para 1,03.%. Entre os produtos que subiram mais estão cebola (17,09%), frutas (7,10%), café moído (6,50%) e carnes (1,15%).
Caíram, na média, os preços de batata inglesa (-9,20%), arroz (-2,99%) e leite longa vida (-1,70%). Comer fora ficou 0,81% mais caro, ante 0,08% no mês anterior: o lanche foi de -3,47% para 1,25% e a refeição, de 1,62% para 0,63%.
Já em Saúde e Cuidados Pessoais (0,93%), destaque para itens de higiene pessoal, com alta de 3,79%. O custo com plano de saúde recuou 0,69%.
Em Habitação (alta de 0,62%), o aluguel residencial subiu 1,55% e representou impacto de 0,06 ponto no índice de janeiro. O gás encanado aumentou 8,40%, com reajuste em São Paulo. E a energia elétrica variou 0,03%, menos do que a taxa de água e esgoto (0,28%), que teve reajuste aplicado em Salvador.
Aumento em todo o país
A maior alta entre os grupos foi de Vestuário, com 1,48%. As roupas masculinas subiram 2,35%, impacto de 0,02 ponto. As femininas aumentaram 1,19% e calçados e acessórios, 1,20%. Por fim, em Artigos de Residência (1,40%), destaque para eletrodomésticos e equipamentos (2,26%), além e itens de mobiliário (2,04%). Ambos representaram 0,02 de impacto.
A chamada “prévia” subiu em todas as áreas pesquisadas. Variou de 0,19% (Brasília) a 1,08% (Salvador), somando 0,58% na região metropolitana de São Paulo. Em 12 meses, o IPCA-15 vai de 8,89% (Rio) a 12,80% (Curitiba). Atinge 9,77% e supera os dois dígitos também em Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife e Salvador.