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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Em meio ao alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) da iminência de uma nova onda de covid-19 no Brasil, o Itaú e o Banco do Brasil anunciaram a retomada do horário normal de atendimento nas agências, das 10 às 16 horas. O país é o segundo com maior número de mortes pela doença no mundo, segundo a OMS e precisa estar preparado para um aumento de novos casos, como vem ocorrendo atualmente na Europa e em vários países da América Latina, ao mesmo tempo que pediu o fim de desinformações que afetam o combate à pandemia.
O Banco do Brasil parece descolado da realidade, refletindo o negacionismo do governo Bolsonaro, seu controlador, alegando ter tomado a decisão devido ao ‘cenário atual de avanço da imunização, reabertura da economia e a flexibilização do isolamento social’. Já o Itaú informou que o retorno será a partir desta terça-feira (4/1).
Em dois anos, a pandemia infectou 280 milhões de pessoas e provocou 5,4 milhões de mortes. Os EUA têm o maior número acumulado de mortes, 810 mil; o Brasil o segundo, com 618 mil, e a Índia, o terceiro, com 480 mil.
Alerta da OMS
O risco provocado pela variante ômicron em todo o planeta permanece “muito elevado”, advertiu a OMS, em um momento de propagação mundial dos contágios, com recordes de casos diários na Espanha, França e Reino Unido, além de aumentos expressivos na Argentina, Peru e Bolívia, países limítrofes com o Brasil. Segundo o documento, a situação é muito perigosa.
Diferentemente do que vem acontecendo no Brasil, este cenário levou diversos países a retomar restrições, suspender as festas de Ano Novo e reforçar a vacinação, com primeiras doses para as pessoas não vacinadas ou com doses de reforço para as demais. O aumento de casos chegou à América Latina e Caribe, onde a epidemia parecia estar relativamente controlada há algumas semanas. No momento, os contágios aceleram na região, que acumula 47 milhões de infecções e quase 1,6 milhão de mortes.
A propagação coincide com o aumento de casos da variante ômicron no Panamá, Colômbia, Chile, Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela, México, Cuba e Equador. Na Argentina, os casos multiplicaram por seis desde o início do mês e na terça-feira foram registrados 33.902 novos positivos, 10.000 a mais que no dia anterior. No Peru, os contágios dobraram em um mês, enquanto a rica região boliviana de Santa Cruz enfrenta a “pior tempestade” desde o início da pandemia, disse Carlos Hurtado, gerente de epidemiologia do departamento de saúde do governo local.