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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A América do Sul é líder global de vacinação contra a Covid-19, superando países da Europa e os EUA. A cultura de imunização nos países e os sistemas públicos de saúde do continente explicam o bom desempenho.
Apesar do SUS (Sistema Público de Saúde) estar sendo fundamental para as vacinas chegarem à população brasileira, o negacionismo do governo Bolsonaro atrasa a aplicação das vacinas e faz com que o Brasil, mesmo sendo o país mais rico do continente, fique apenas em quinto lugar no ranking de imunização sul americano, perdendo para Chile (86% da população imunizada), Uruguai (77%) Argentina (71%) e Equador (70%). No Brasil, 67% da população tomou a dose completa (uma ou duas doses).
Em agosto de 2020, a Pfizer ofereceu 40 milhões de doses ao governo brasileiro, mas o Ministério da Saúde, na época comandado pelo general Eduardo Pazzuelo, sequer respondeu aos 30 email enviados pela indústria farmacêutica norte-americana. Mas o desprezo do governo brasileiro em relação à oferta da Pfizer não foi apenas fruto do negacionismo de Bolsonaro. A CPI (Comissão Parlamentar de Ianquérito) mostrou que havia, no alto escalão do Ministério da Saúde, um esquema de corrupção para compra da vacina indiana Covaxin, superfaturada, com preços 1.000% mais caros. Com a denúncia das propinas divulgada na imprensa, o Palácio do Planalto suspendeu a compra.
Nas redes sociais, grupos bolsomínios espalham a fake news de que o Brasil lidera o ranking de vacinação, o que não é verdade. É evidente que, em números absolutos, o Brasil está à frente dos seus vizinhos, porque tem uma população muito maior, mas na relação população/vacinados, o país cai para a quinta posição.