Segunda, 27 Dezembro 2021 16:07
A MAMATA VESTE FARDA

Militares usam verba de combate à Covid para comprar picanha, bacalhau e salmão

Segundo matéria da Folha de SP, auditoria do TCU confirma mau uso da verba pública e diz que governo feriu o princípio da moralidade
General Braga Neto, ministro da Defesa. A pasta diz que deu as devidas explicações ao TCU, mas não desmentiu o uso da verba para o combate à Covid-19 utilizado para compra de alimentação nobre para os militares General Braga Neto, ministro da Defesa. A pasta diz que deu as devidas explicações ao TCU, mas não desmentiu o uso da verba para o combate à Covid-19 utilizado para compra de alimentação nobre para os militares Fernando Frazão/Ag~encia Brasil

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Folha de SP

 

O Ministério da Defesa, responsável pelas Forças Armadas, gastou em 2020 cerca de meio milhão de reais com itens alimentícios de luxo, como picanha, filé mignon, camarão, bacalhau e salmão, além de bebidas alcoólicas, como vinho e destilados. O problema é que o dinheiro público gasto com a cara gastronomia deveriam ser utilizados no combate à Covid-19, segundo denúncia publicada pelo jornal Folha de SP. A irregularidade foi constatada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) cuja a apuração feita na compra de alimentos nobres desde 2017, custou R$535 mil aos cofres públicos.

Segundo o TCU, o dinheiro fazia parte da ação orçamentária para o Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública no combate ao coronavírus.

O relatório do TCU diz que “além de não servir à finalidade a que se destina, a contratação desse tipo de insumo fere o princípio da moralidade previsto no art. 37 da Constituição Federal de 1988, o qual está diretamente relacionado à integridade nas compras públicas”.

O Ministério da Defesa divulgou nota informou que os militares atuaram no combate à pandemia e que relatório apontando os gastos é “preliminar” e que será “ainda apreciado por ministros do Tribunal de Contas da União, no qual a pasta já apresentou os devidos esclarecimentos”.

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