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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Com a realização da 1ª Plenária Regional da Cúpula dos Povos, nesta terça-feira (14/12), às 17h no Centro Cultural Othello (Rua Moraes e Vale, 15 – Lapa, próximo ao Beco do Rato), um conjunto de coletivos, sindicatos, movimentos sociais e pesquisadores está dando início no estado do Rio de Janeiro ao processo de construção da Cúpula dos Povos Rio +30 (ou Rio-30), que ocorrerá entre os dias 25 e 27 de maio de 2022, na Praça Mauá. O evento terá marchas, atividades culturais, círculos de vozes e saberes, protestos e muita resistência popular contra os desmandos dos governos e das corporações.
A plenária será híbrida, presencial e online (veja como assistir no fim desta matéria). Desde já, este coletivo se soma às organizações populares com atuação internacional, e especialmente no Brasil e na América Latina, engajadas nos processos de organização e mobilização para o Encontro Nacional pelo Saneamento Público (março/2022), o Encontro da Sociedade pelo Direito à Cidade (junho de 2022) e o 10º Fórum Social Pan-Amazônico (28 a 31 de julho em Belém/PA), entre outras iniciativas que estão sendo articuladas para este período.
Em 2022, fazem 30 anos da realização da ECO 92, continuada posteriormente na Rio+20. Estas conferências internacionais das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizadas no Rio de Janeiro, contribuíram para dar ao Brasil papel relevante nas negociações globais nos temas socioambientais e dos direitos dos povos.
Entretanto, a Rio+30 (ou Rio-30) encontra o Brasil na contramão desse caminho, e, ao mesmo tempo, numa conjuntura internacional sem horizonte de mudanças estruturais no padrão de desenvolvimento predatório vigente, que está levando a humanidade a caminhar para uma Emergência Climática e o alargamento das desigualdades sociais entre as nações e povos, aprofundadas com a pandemia sanitária.
Esta situação encontra o Brasil num cenário de privatização do patrimônio nacional, de desmantelamento das políticas públicas, de avanço do autoritarismo e da violência no campo e nas cidades, crises hídrica e energética, mercantilização do saneamento e da água, aprofundamento do déficit habitacional e do desemprego estrutural, destruição dos biomas, ataques aos povos originários, aumento das desigualdades e discriminações de gênero e orientação sexual, racismo e intolerância religiosa, em suma um cenário de retrocessos nos direitos democráticos, e corrosão da própria democracia.
A ideia da plenária é construir um calendário em que se articulem as lutas comuns e todas as iniciativas que convergem para reverter este quadro caótico e de depredação generalizada do patrimônio público, desconstituição da esfera pública, destruição dos bens da natureza e violações dos direitos dos povos.
É necessário e possível superar um sistema econômico e social em crise, o capitalismo neoliberal, cuja lógica produtivista e consumista, predatória, individualista e competitiva, racista e patriarcal, voltada para o lucro máximo, que produz e reproduz a exploração e opressão da imensa maioria e a destruição da base material da existência de todas as formas de vida.
É necessário e possível avançar, juntos, na construção dos caminhos que nos levem a um outro mundo possível, fundado nos valores da solidariedade, da igualdade e da diversidade, que reconheça e resgate modos de vida, saberes e territórios dos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais, que promova a solidariedade e a ação coletiva, colocando a economia a serviço da vida, e não da morte.
Aqui o link para nosso documento inicial para a Cúpula: https://bityli.com/0HIeR
Plenária Regional da Cúpula dos Povos – de 17h às 18h
Terça-feira, 14 de dezembro
Informações de participação do Google Meet
Link da videochamada: https://meet.google.com/hqz-aicv-rkw