Sexta, 10 Dezembro 2021 18:50

Com economia dolarizada, preços não param de subir e salários perdem o poder de compra

Inflação de novembro é a maior desde 2015 e o acumulado dos últimos 12 meses é o maior desde 2003

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de novembro ficou em 0,95%, o mais alto desde 2015, acumulando alta de 9,26% no ano. Em 12 meses, atingiu 10,74%, a mais alta inflação desde 2003, ou seja, dos últimos 18 anos. Puxaram a inflação a gasolina, o gás e a energia elétrica. O etanol subiu 10,53%, o óleo diesel 7,48% e o gás veicular 4,30%. O aumento dos combustíveis contribui decisivamente para a elevação dos preços dos produtos no varejo e os brasileiros percebem, no bolso, o salário perder, a cada mês, o poder de compra. Já a energia elétrica teve aumento médio de 1,24%, contribuindo com 0,06 ponto percentual para o índice geral de novembro.  

A tarifa de água e esgoto subiu 0,52%, com reajustes no Rio de Janeiro, Vitória e Salvador. O gás encanado teve alta de 2% (reajuste n Rio), enquanto o de botijão aumentou 2,12%, contribuindo com 0,03 ponto percentual. Esse item acumula variação de 38,88% em 12 meses.

“Os alimentos não param de subir, a inflação explodiu pois vivemos uma economia dolarizada e a renda dos trabalhadores é a menor desde 2012. A política econômica do ministro da Economia Paulo Guedes fracassou em todos os aspectos como também o governo Bolsonaro que vai para o seu último ano de gestão em 2022. E que o povo brasileiro tenha consciência de que o país não suportará a continuidade deste modelo econômico ultraliberal e rentista onde só is bancos e os grandes exportadores ganham dinheiro”, afirma a presidenta em exercício do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro Kátia Branco.

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