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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Informações do site PT no Senado
Senadores de oposição criticaram a pressa de parlamentares governistas para aprovação do Projeto de Lei 591/2021, que prevê a privatização dos Correios e querem que o tema seja melhor debatido pela sociedade. Paulo Paim defendeu ida do projeto para Comissão de Constituição e Justiça e deu como exemplo, o caso da estatal norueguesa a ser seguido pelo Brasil. A pressão do PT e demais partidos de oposição garantiu o adiamento na última terça-feira (9), da análise do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
O presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), confirmou que determinará uma nova data para análise do parecer.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que é contra a venda dos Correios, cobrou dos colegas o aprofundamento do debate antes de uma decisão final do Parlamento acerca do tema e lembrou que o próprio procurador-geral da República, Augusto Aras, em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), já se posicionou pela inconstitucionalidade da venda de 100% dos Correios.
Críticas à privatização
Paim lembrou que nem mesmo a ditadura militar ousou vender a empresa, de 350 anos de história.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a política econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, foram duramente criticados pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que também se opõe à venda dos Correios, estatal altamente lucrativa que acumula resultado líquido positivo de R$ 12,4 bilhões em valores atualizados pelo IPCA, e repassou R$ 9 bilhões em dividendos para o governo federal.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) participou da discussão diretamente da cidade de Stavanger, na Noruega. Em missão oficial, Jean Paul explicou que estava visitando a sede da empresa Equinor, antiga estatal de petróleo Statoil, parceira da Petrobras em diversos projetos. Apesar da mudança de nome e de ter deixado de ser uma estatal da área de petróleo, o senador explicou aos colegas que “o governo norueguês continua controlando as ações da Equinor, que agora atua em outras áreas do setor de energia firmando parcerias com empresas públicas e privadas nacionais e internacionais”.