Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Os sanitaristas alertam que um retorno ao mínimo de normalidade, inclusive a dispensa do uso de máscara, só deve ocorrer após pelo menos 70% da população estar integralmente imunizada (com uma ou duas doses) contra o coronavírus. No entanto, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL) e o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD) cederam a pressão dos empresários e conseguiram a aprovação na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), do Projeto de Lei que flexibiliza o uso de máscara, item fundamental de proteção contra a Covid-19. A proposta de autoria do presidente do parlamento fluminense, deputado estadual André Ceciliano (PT). O projeto aprovado nesta terça-feira (26) prevê que a flexibilização do uso de máscaras deverá ser gradativa em locais determinados por resolução da Secretaria de Estado de Saúde, seguindo parâmetros de "distanciamento social, ambiente aberto ou fechado, percentual de vacinação da população, realização de eventos-testes e outros critérios científicos". Haverá locais específicos em que ainda será obrigatório o uso do equipamento de proteção. Na capital, pouco mais da metade da população foi inteiramente imunizada e em municípios do interior, nem isso. 

A liberação ocorre diante da gravidade da variante Delta, especialmente na capital, e colocar em risco a vida da população. No entanto, para os governantes e parlamentares, o interesse econômico falou mais alto. No caso do governador, bolsonarista, há ainda o fato de Castro agradar o seu chefe, o presidente da República, que sempre foi contra o distanciamento social.