Terça, 19 Outubro 2021 19:43

Dólar tem maior cotação desde abril e quem tem dinheiro em paraíso fiscal fatura como nunca

Moeda norte-americana avançou 1.36% e chega a R$5,5944. Desvalorização do real eleva pressão sobre preços e agrava a crise econômica no Brasil
A alta do dólar eleva a inflação e agrava a crise econômica. Os trabalhadores pagam a conta da recessão, mas banqueiros faturam mais dinheiro em paraísos fiscais A alta do dólar eleva a inflação e agrava a crise econômica. Os trabalhadores pagam a conta da recessão, mas banqueiros faturam mais dinheiro em paraísos fiscais

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A política econômica desastrosa do ministro da Economia Paulo Guedes continua desvalorizando a moeda brasileira, o real, a terceira que mais perde valor no mundo, agravando a recessão econômica no Brasil. O descontrole cambial pressiona os preços dos combustíveis, do gás de cozinha, da energia elétrica e repercute também na alta do preço dos alimentos. O dólar fechou em alta de 1,36%, cotado a R$ 5,5944, nesta terça-feira (19). Viajar para o exterior ficou ainda mais difícil: o dólar turismo foi negociado a R$5,8066. Foi a maior cotação da moeda estrangeira desde abril deste ano. Na máxima do dia, o dólar chegou a valer R$5,6131 promovendo a farra especulativa.

A desculpa dada pelo mercado seria a preocupação dos investidores com as contas públicas após informações de que o governo anunciaria o novo Auxílio Brasil de R$400. A reação negativa do mercado fez o governo adiar o anúncio do programa social. Mas a justificativa é uma forma de esconder a verdade: o fracasso da política econômica do Governo Bolsonaro e a inviabilidade da projeto ultraliberal de Guedes, modelo que não é praticado em lugar nenhum do planeta.

A moeda norte-americana acumula alta de 2,73% no mês e 7,85% no ano. Nem mesmo as intervenções do Banco Central conseguiram segurar a alta do dólar. Mas há quem fature com a atual política econômica que agrava a recessão para o povo brasileiro. Banqueiros e grandes corporações ganham muito dinheiro em paraísos fiscais com a desvalorização da moeda brasileira. O ministro Paulo Guedes e o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que têm offshores em paraísos fiscais do Caribe, continuam faturando alto com a política cambial comanda por eles próprios.

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