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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Não há desenvolvimento econômico sem a geração de empregos e a elevação da renda das famílias e está provado que, primeiro, é preciso proteger a vida na pior pandemia desde a Gripe Espanhola, no início do século XX. Por isso, o Sindicato dos Bancários do Rio luta contra o retorno precipitado e arriscado ao trabalho presencial e o fechamento de agências e corte de mão de obra no setor financeiro. A medida que cresce a imunização contra o coronavírus é confirmado o que o mundo inteiro já sabia, menos o governo brasileiro que fez de tudo para ir na contramão da ciência: somente a vacina, e não o tratamento precoce, é que pode combater o vírus e normalizar a situação. A política econômica do ministro Paulo Guedes também caminha na direção contrária do desenvolvimento. A moeda brasileira, o real, é a terceira no mundo que mais desvaloriza em relação ao dólar, elevando os preços de tudo, fazendo a inflação explodir e chegar aos dois dígitos em 12 meses: 10,05%.
Futuro ameaçado
O mercado voltou a fazer estimativas ainda mais negativas para o desempenho econômico. Para este ano, a previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 8,59% para 8,69%. Já são 28 semanas seguidas de alta. Para 2022, a expectativa é de alta para 4,18%. O Índice de Preço ao Consumidor Semanal da Fundação Getúlio Vargas e o resultado da comparação dos preços de 16 de setembro aos de 15 de outubro indica uma alta de 1,29%.
Já a previsão para o PIB de 2022 continua despencando: caiu de 1,54% para 1,50% em uma semana, segundo corte negativo na previsão. O desemprego chega a mais de 20 milhões de trabalhadores, incluindo os desalentados (desistiram de procurar trabalho) .
Bancos demitem em massa
Os bancos, o setor mais lucrativo, mesmo durante a pandemia, agravam a crise, demitindo em massa no Itaú, Bradesco, Santander, Safra e Mercantil e os funcionários dos bancos públicos enfrentam também as reestruturações, redução de unidades físicas e de mão de obra e ainda o risco das privatizações.
“A defesa dos empregos tem que envolver toda a sociedade. Preservar os empregos e gerar novos postos de trabalho é defender o futuro do Brasil. Esta campanha precisa envolver toda a sociedade. Não há a retomada do desenvolvimento econômico sem preservar, em primeiro lugar, as vidas, e também garantir os empregos formais, com todos os direitos e a elevação da renda da população. Contamos com os bancários e bancárias nesta luta”, disse a presidente interina do Sindicato Kátia Branco.