Sexta, 08 Outubro 2021 13:41
SIM, É GENOCÍDIO

Brasil perde cartunista Nani para a Covid-19

Artista teve trabalhos marcantes para os bancários, com cartilhas de sindicalização e da luta contra a privatização do antigo Banerj
Nani com um de seus livros infantis. O talentoso chargista era também escritor e adorava crianças Nani com um de seus livros infantis. O talentoso chargista era também escritor e adorava crianças

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Brasil teve mais uma perda que possivelmente poderia ter sido evitada se não fosse a política genocida do Governo Bolsonaro. Morreu nesta sexta-feira, 8 de outubro, aos 70 anos, vítima da Covid-19, Ernani Diniz Lucas, o chargista Nani. Nascido no Município de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), o artista teve seu trabalho marcado não apenas por um estilo inconfundível e por seu talento, mas por ter dedicado uma vida inteira às lutas em defesa dos trabalhadores. Teve trabalhos marcantes na vida da categoria bancária, tendo criado duas cartilhas históricas, uma para a campanha de sindicalização do Sindicato do Rio (gestão Roberto Percinoto) e outra na luta contra a privatização do antigo Banerj (gestão Fernanda Carísio). 

A trajetória

Considerado do grupo de risco – passou por três transplantes de fígado em um mês - Nani estava internado há uma semana num hospital da capital mineira.

Fez muito sucesso com suas tiras “Vereda Tropical”, escreveu livros, recebeu muitas premiações e chegou a trabalhar durante 20 anos ao lado do ator e humorista Chico Anísio. Colaborou com O Pasquim, o mais conhecido periódico de humor crítico à ditadura militar, onde também trabalharam o chargista Júlio Mariano (morto em junho deste ano, vítima de um AVC) e o revisor João Luiz Pacheco (aposentado), os dois últimos tendo feito parte da equipe de jornalistas da Imprensa do Sindicato dos Bancários do Rio.

Nani foi ainda chargista do jornal O Globo e publicou trabalhos no Jornal dos Sports, Última Hora e o Dia.

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