Sexta, 24 Setembro 2021 12:38

2 de outubro é dia de protesto contra desemprego, fome e por vacinas para todos

Trabalhadores vão realizar atos em todo o país exigindo o impeachment de Bolsonaro, que ameaça a democracia. Crise é agravada por fracasso do governo

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Ninguém aguenta mais a perda de renda, com a inflação explodindo devido à alta, principalmente, de alimentos, combustíveis, energia elétrica e gás de cozinha. São quase 15 milhões de desempregados, seis milhões de desalentados (desistiram de procurar trabalho), metade dos trabalhadores no mercado informal, sem direito a 13º, férias, FGTS e aposentadoria. Cerca de 87 milhões de brasileiros estão humilhados no SPC/Serasa e 73% dos brasileiros estão enrolados no cartão de crédito para comprar comida.

É verdade que a crise já dura pelo menos sete anos, mas a política econômica do ministro Paulo Guedes aprofundou a recessão, o governo retirou direitos com a reforma da previdência e novas reformas trabalhistas embutidas em cada Medida Provisória e projeto apresentado pelo Palácio do Planalto no Congresso Nacional.

“Basta. Ninguém aguenta mais este governo. Não há quem, com o mínimo de discernimento, que não perceba que a vida de toda a população piorou. A inflação devora o poder de compra, o povo se endivida ainda mais no cartão de crédito, os bancos ganham rios de dinheiro com os maiores juros do mundo e a miséria não para de crescer nas ruas das cidades. O Brasil não aguenta até 2022. É impeachment ou este governo vai acabar com o país”, disse a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Kátia Branco.

Bancários na luta

Os atos do dia 2 de outubro estão sendo organizados pela CUT, demais centrais sindicais, pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, entidades que fazem parte da Frente Nacional Fora Bolsonaro, além de partidos de oposição ao governo, como PT, PCdoB, PSOL, PSB, PDT, Rede, PV e Cidadania. A intenção dos organizadores é ampliar o leque de partidos, numa frente ampla contra esta tragédia nacional. Os participantes devem usar máscaras e procurar ter o maior cuidado possível, em função das variantes da Covid-19. 

“A categoria tem muitos motivos para participar das manifestações. O governo federal tenta acabar com a jornada de seis horas, quer os bancos funcionando em finais de semana e Paulo Guedes já anunciou que pretende acabar com os tíquetes refeição e alimentação de todos os trabalhadores. O descaso de Bolsonaro com esta pandemia matou milhares de vidas. Vamos juntar nossas famílias, amigos, colegas de trabalho e protestar. Basta!”, acrescenta Kátia.  

A participação nos atos pelo impeachment de Bolsonaro foi aprovada na 23ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada nos dias 3 e 4 de setembro deste ano. 

 

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