Quinta, 23 Setembro 2021 22:19
SEGURANÇA PARA TODOS

Sindicato apresenta estudo que mostra inviabilidade de projeto que retira portas giratórias

À direita, José Ferreira, Adriana Nalesso e Nilton Damião mostram ao presidente da Alerj André Ceciliano, que o PL 4772/2021 coloca em risco a vida de bancários e clientes À direita, José Ferreira, Adriana Nalesso e Nilton Damião mostram ao presidente da Alerj André Ceciliano, que o PL 4772/2021 coloca em risco a vida de bancários e clientes Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro participou nesta quinta-feira (23), de uma audiência com o presidente da ALERJ (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT) com o objetivo de barrar a aprovação do Projeto de Lei 4772/2021, de autoria do parlamentar petista juntamente com Rosenverg Reis (MDB). O próximo passo deverá ser uma audiência dos sindicalistas com Rosenverg para apresentar a reivindicação da categoria neste tema e a posição do movimento sindical em relação à proposta.  

Sem portas giratórias

O PL 4772/2021 permite às agências bancárias de negócios continuarem funcionando sem portas giratórias, o que colocaria em risco a segurança de bancários, usuários e clientes, e também dos próprios vigilantes. O movimento sindical rebate o PL, mesmo com o argumento de garantir melhor acesso para os idosos, gestantes, obesos e portadores de deficiência (PCD). O projeto atende aos interesses dos bancos, como é o caso do Santander, que não utiliza o equipamento de segurança nas novas unidades de negócios. A instalação de mais portas giratórias e equipamentos de segurança nos bancos é uma antiga reivindicação da categoria, já que sem o equipamento de segurança na entrada das agências, bancários e clientes ficam mais expostos às ações de assaltantes.

“Mostramos ao presidente da Alerj e queremos convencer aos parlamentares que este projeto, por melhor que seja a intenção de seus autores, coloca em risco a segurança dos bancários e da população. Apresentamos um estudo feito pela Contraf-CUT e pela confederação dos vigilantes, mostrando a importância das portas giratórias para proteger as pessoas dos riscos de assaltos e o perigo que representa as ações de bandidos nas agências”, explica o presidente do Sindicato Jose Ferreira.

No último dia 14 (terça-feira), com o apoio de parlamentares, como Carlos Minc (PSB), os bancários conseguiram impedir a votação da proposta, a fim de debater melhor a questão com os parlamentares, a categoria e a sociedade. A solicitação de adiamento da votação foi feita pelo Sindicato, Fetraf RJ/ES e Federa Rj.

O interesse dos bancos

Apesar do argumento de garantir melhor acesso para os idosos, gestantes, obesos e portadores de deficiência (PCD), o projeto atende aos interesses dos bancos. Um exemplo é o Santander, que não utiliza o equipamento de segurança nas novas unidades de negócios. O movimento sindical luta há anos por mais portas giratórias e equipamentos de segurança nos bancos e avalia que, na verdade, o que os bancos querem é reduzir custos para aumentar ainda mais os lucros.

Pela proposta, “se uma unidade bancária tiver porta giratória, terá de garantir outro acesso livre” para as pessoas com algum tipo de dificuldade. O problema é que sem o equipamento de segurança na entrada das agências, as pessoas ficam expostas aos possíveis riscos de assaltos.   

 

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