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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A decisão do Governo Bolsonaro de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), além de elevar o custo para os consumidores nas linhas de crédito, empréstimos e financiamentos, também vai impactar nos preços dos produtos e serviços. Analistas calculam que a mudança pode fazer a inflação subir em 0,2% ao ano. Para quem prometeu reduzir a carga tributária, a decisão soou como traição para aos que apostaram nas promessas do atual governo.
De acordo com o decreto publicado na última sexta-feira (17), a alíquota diária do IOF para pessoas físicas passará de 0,0082% (3% anual) para 0,01118% (4,08% anual). Já para as empresas, a taxa de 0,0041% (1,5% anual) aumenta para 0,00559% (2,04% anual). Estas variações vão valer até o fim de dezembro.
Explosão inflacionária
O mercado já prevê uma elevação da inflação em 2021 para 8,35%. Os brasileiros já sentem no bolso a crise puxada pelos aumentos dos combustíveis, alimentos e energia elétrica. E qual o remédio adotado pela equipe econômica do governo para controlar a alta dos preços? Aumento dos juros, os mais altos do planeta. A expectativa dos economistas é de que a Selic seja elevada pelo Banco Central em 1 ponto. Não é pouco para um país que cobra de 300% a 600% nos juros dos cartões de crédito, enquanto na Europa e nos EUA, com a pandemia, os juros chegam a quase zero.
Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda do Governo Sarney, um economista defensor de reformas liberais setenciou esta semana: “Paulo Guedes foi um completo fracasso”. E não há quem não sinta este fato no dia a dia. Não foi só pandemia, agravada pelo negacionismo do presidente da República. A política econômica deste governo é um fiasco absoluto.