Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Estava pautado para esta terça-feira (14), a votação do Projeto de Lei 4772/2021, de autoria dos deputados estaduais André Ceciliano (PT), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e Rosenverg Reis (MDB). A proposta permite às agências bancárias de negócios continuarem funcionando sem portas giratórias, o que colocaria em risco a segurança não somente dos bancários, mas também dos usuários e clientes e dos próprios vigilantes.

Apesar do argumento de garantir melhor acesso para os idosos, gestantes, obesos e portadores de deficiência (PCD), o projeto atende aos interesses dos bancos, como é o caso do Santander, que não utiliza o equipamento de segurança nas novas unidades de negócios. O movimento sindical luta por mais portas giratórias e equipamentos de segurança nos bancos.

Pela proposta, “se uma unidade bancária tiver porta giratória, terá de garantir outro acesso livre” para as pessoas com algum tipo de dificuldade. O problema é que sem o equipamento de segurança na entrada das agências, as pessoas ficam expostas aos possíveis riscos de assaltos.   

Tempo para debater

Outros parlamentares, como Carlos Minc (PSB), ajudaram a tirar a proposta da pauta, para debater o projeto com a categoria bancária e a sociedade. O pedido de adiamento da votação foi feito pelo Sindicato dos Bancários do Rio.

“Atendendo a um pedido nosso, o deputado André Ceciliano aceitou retirar o projeto da pauta a fim dar tempo de a sociedade debater melhor a proposta e o parlamentar ficou de marcar uma audiência presencial nesta sexta ou segunda-feira, com a participação de nosso Sindicato, da Federa-RJ e da Federação RJ/ES para debatermos esta questão. Não podemos colocar em risco a vida dos bancários e da população”, disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira.