Quarta, 08 Setembro 2021 01:18
SOLIDARIEDADE E NÃO ÓDIO

Grito dos Excluídos mobiliza mais de 300 mil pessoas em 200 cidades

SINDICATO NA LUTA – Marcos Vicente, José Ferreira e Arlense Tadeu durante os protestos do Grito dos Excluídos, no Centro do Rio SINDICATO NA LUTA – Marcos Vicente, José Ferreira e Arlense Tadeu durante os protestos do Grito dos Excluídos, no Centro do Rio Vanor Correia

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Mobilização que se realiza há 26 anos no sete de setembro, o Grito dos Excluídos aconteceu este ano em 200 cidades de todo o país, no terça-feira (7) reunindo mais de 300 mil pessoas. Os participantes dos atos organizados pelos movimentos sindicais e sociais reivindicaram o impeachment de Jair Bolsonaro, condenando os ataques feitos pelo presidente da República às instituições democráticas, como o STF (Supremo Tribunal Federal). O combate à fome, ao desemprego e à carestia dos preços dos alimentos, combustíveis e gás de cozinha e a vacina para todos contra a Covid-19 também foram incluídos como bandeiras de luta do movimento.

Protestos no Rio

No Rio, mais de 30 mil pessoas participaram dos protestos que ocorreram no Centro da capital fluminense. A concentração foi na esquina da Rua Uruguaiana com a Avenida Presidente Vargas. O lema deste ano do Grito dos Excluídos foi “Vida em Primeiro Lugar”. Em São Paulo, os atos ocorreram no Vale do Anhangabaú.

“Enquanto o presidente Bolsonaro defende a volta da ditadura militar, o porte de armas e ataca às instituições democráticas, como o STF, nós estamos na rua pela democracia, pelo fim da fome e da miséria que continua crescendo neste governo, por comida na mesa para todo o povo brasileiro e contra o desemprego”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira. O sindicalista disse que as manifestações convocadas por Bolsonaro representam um ato de desespero do presidente, que perde popularidade com o aprofundamento da crise econômica e por causa do descaso do governo na pandemia, resultando na demora da vacinação, que resultou em mais de 584 mil mortes.  

Em agosto de 2020, a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses, mas o Ministério da Saúde sequer respondeu aos mais de 20 emails enviados pela empresa oferecendo as vacinas, conforme revelado pelos representantes da Pfizer em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o descaso e a corrupção do governo federal na imunização contra a Covid-19. Ferreira criticou também a retirada de diretos pelo governo e a base de apoio de Bolsonaro no Congresso Nacional.

Houve também panelaço em várias cidades do país contra Bolsonaro.

 

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