Segunda, 06 Setembro 2021 19:48

23ª Conferência aprova luta por direitos e pela vida

A 23ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada virtualmente na última sexta e sábado (3 e 4/9), aprovou, em seu último dia, um plano de lutas para garantir, nas negociações entre o Comando Nacional e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), direitos relacionados ao home office, às horas negativas, à assinatura de um acordo de teletrabalho, ampliação dos protocolos de prevenção contra a Covid-19 e pelo fim do assédio moral, entre outros.
Além destes temas específicos a serem negociados com os bancos foram aprovadas resoluções políticas mais gerais, como a luta pelo Fora Bolsonaro, com a participação da categoria nas mobilizações pelo impeachment do presidente, como a que acontece neste próximo dia 7; a estatização do sistema financeiro e a sua regulamentação; e a eleição de um governo popular e democrático, em 2022.

Maior da história

A Conferência foi a maior realizada até aqui, com mais de 1.200 participantes, que aprovaram ainda: resolução em defesa dos bancos públicos e demais estatais; em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e de todo o serviço público ameaçado de desmonte e privatização pela Proposta de Emenda Constitucional 32 (PEC 32), a reforma administrativa, que prejudica a população e entrega estes serviços a empresas privadas. O encontro aprovou também resolução por uma reforma tributária progressiva, com impostos mais altos para os ricos para reduzir a desigualdade social, distribuir renda e criar empregos.
Comando Nacional

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, no encerramento do encontro, adiantou que o Comando Nacional, do qual é uma das coordenadoras, vai se reunir para, a partir das decisões da Conferência, encaminhar as reivindicações à Fenaban e solicitar a abertura de negociações. “Vamos, da mesma forma, tratar de questões também importantes como a de fortalecer a luta pelo fim deste governo genocida por tudo o que ele significa de negativo para os bancários, para a população brasileira e para a democracia”, afirmou. Fez um agradecimento a todos os funcionários e diretores da Contraf-CUT que tornaram o evento possível.

Reconstrução nacional

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, defendeu a convocação de uma greve nacional de todos os trabalhadores para exigir o fim do governo Bolsonaro. No sábado, foram feitos debates sobre “O retrato da categoria bancária”, sobre “O sistema financeiro que o Brasil precisa” e sobre “O Brasil sem desigualdades”, com a participação de economistas, dirigentes sindicais e políticos, entre estes, a presidenta do PT, Gleise Hofman, o ex-candidato a presidente pelo PSOL, Guilherme Boulos e o deputado do PCdoB, Orlando Silva. Ambos defenderam ser preciso lutar pelo fim do governo agora para evitar que a crise se amplie e que ele consiga impor o golpe que planeja para acabar com a democracia. Disseram ainda que é preciso discutir um projeto de reconstrução nacional a ser posto em prática por um governo popular a ser eleito em 2022.

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