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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) Gleise Hoffmann participou da Conferência Nacional dos Bancários neste sábado (4) dizendo que o tema “Brasil sem desigualdades” exige uma reflexão muito profunda de toda a sociedade.
“O Brasil tem 500 anos e seu desenvolvimento foi formado com suor, sangue e lágrima de seu povo. O modelo de desenvolvimento que marca a nossa história nunca incluiu a maioria do povo, os indígenas, os negros. Tivemos poucos momentos em que desenvolvemos um projeto de soberania inaugurado por Getúlio Vargas que teve a ousadia de formar o estado brasileiro, criar a Petrobras, as estatais e olhou para os trabalhadores, fazendo a CLT - Consolidação das Leis do Trabalho”, destacou.
“Depois tivemos Juscelino e Jango que tentaram, mas com Lula tivemos o primeiro operário, trabalhador, de fato na presidência da República, Mesmo Vargas, Jango e Juscelino não eram originários da classe trabalhadora. O Lula, com todos os problemas e dificuldades, colocou o povo no orçamento brasileiro, dando aos mais pobres o direito de comer três vezes ao dia e nem isso foi tolerado pela burguesia”, avaliou.
Do golpe à tragédia
Destacou que o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, a prisão de Lula a criminalização do PT, o maior líder político do país, resultaram em uma articulação das elites que elegeu Bolsonaro.
“Em 2018 a elite disse que a escolha era difícil e escolheram Bolsonaro, que não fala de trabalho, de desenvolvimento, mas em enfrentar o STF, em armas, fuzil em vez de feijão e agora traz um 7 de setembro para se refazer na política já que está perdendo a hegemonia. Vai caber ao campo popular e a Lula, tentaram reconstruir o país. É em Lula que está depositada a esperança do povo brasileiro”. opinou.
A união do povo
A senadora petista disse ainda que o desafio é muito difícil, mas que temos que enfrentar.
“Em sete de setembro não temos que ter medo. A retórica do ódio não pode nos apavorar. O Grito dos Excluídos acontece há 27 anos denunciando os problemas da renda, do trabalho, da falta de moradia e agora também pela vacina para todos. Cabe a nós da esquerda e da centro esquerda este desafio e não nos atemorizamos com o bolsonarismo. Eles tem 20%da sociedade brasileira, racista, machista, preconceituosa que saiu do armário. Ainda que levem milhões às ruas, mas não podem nos assustar. Organizarmos no campo democrático a mobilização que derrotou a ditadura e fez uma nova constituição. Vamos para o enfrentamento. Se não conseguirmos retirar Bolsonaro através do impeachment, que seja na eleição 2022”, afirmou.
Ressaltou também que é preciso resgatar um projeto de desenvolvimento, porque o cenário de fome voltou ao Brasil e que a solidariedade dos bancários e bancárias será importante nesta luta.
“Temos que mobilizar a sociedade e o movimento sindical tem papel fundamental, os bancários precisam ajudar o povo a ter representatividade nas lutas sociais, para recuperarmos os direitos que foram arrancados. Lula representa esse “esperançar” de que Paulo Freire nos falou. Num novo governo, as reformas estruturantes só serão possíveis com o povo organizado. O estado sempre foi construído pela aristocracia e depois pela burguesia com a visão que eles têm do povo, a de que devemos ser explorados. O processo é duro, mas tenho certeza que dos últimos dez anos esta é a melhor oportunidade para nos unirmos e vencermos estas tragédias”, concluiu.