EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O ator Sérgio Mamberti, aos 82 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (3), em São Paulo. Ele estava intubado desde o último sábado (28), no hospital da rede Prevent Senior para cuidar de uma infecção nos pulmões. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, segundo o filho do ator, Carlos Mabertti , disse à imprensa.
Em julho deste ano, Mamberti havia sido hospitalizado para tratar de uma pneumonia e chegou a passa por uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após cerca de 15 dias, se recuperou e teve alta.
Em nota de pesar pelo falecimento de Sérgio Mamberti, o ex-presidente Lula ressaltou que o ator "foi um dos maiores atores da história do Brasil, além de escritor e diretor, um homem de teatro completo, e um ser humano de coração e generosidade imensas, sempre disposto a ajudar e lutar pela democracia, pela cultura, pelas causas sociais, a fazer o bem ao próximo".
Lula diz ainda que o ator contribuiu "para a cultura brasileira nos palcos, no cinema, na TV, na Funarte e no Ministério da Cultura" e também "na construção de políticas públicas para as artes nacionais". "Se o povo brasileiro o admirava pelo seu talento, quem o conhecia de perto o admirava pela sua humildade, carinho e inteligência", diz trecho da nota.
A nota de pesar de Lula lembra que Maberti "foi fundador e militante do PT e sempre esteve ao lado das causas dos povo brasileiro".
"Eu tive a honra de tê-lo como amigo e companheiro em tantos momentos ao longo de décadas, e jamais o esquecerei, e sei que o Brasil também jamais o esquecerá. Meus sentimentos e solidariedade aos filhos, familiares, amigos, companheiros e admiradores de Sérgio Mamberti", concui Lula na nota.
Papeis de destaque
O ator colecionou inúmeros papéis de destaque. Foi nas séries que viveu seu personagem mais querido, o saudoso Dr. Victor do Castelo Rá-tim-bum.
Também participou de produções da TV Globo, como “A diarista” e “Os normais”. “Atualmente, esteve no elenco de “3%”, série brasileira produzida pela Netflix.
Mamberti dirigiu peças importantes no circuito paulista. Em 2019, estreou, ao lado de Rodrigo Lombardi, a premiada “Um panorama visto da ponte”.
Defesa da democracia
O ator, diretor e ex-presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) era crítico do governo de Jair Bolsonaro. Em outubro de 2019, em entrevista à rádio Brasil Atual, ele classificou os ataques do governo Jair Bolsonaro à diversidade cultural não como retrocesso, mas como uma regressão. Ele afirmou que os artistas, desde o impeachment de Dilma Rousseff, não enxergavam mais conquistas, mantendo-se apenas na resistência contra a censura e cortes de verbas.
Em entrevista aos jornalistas Glauco Faria e Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, Mamberti disse que o Ministério da Cultura só não acabou, no governo Temer, porque houve luta. “Nós gritamos, mas quase foi extinto por duas vezes. Enquanto no período Lula e Dilma, houve grandes avanços de recursos e políticas públicas implementadas na cultura”, relembrou.
Com apoio da RBA