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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Os caixas do Banco do Brasil participam de uma plenária virtual nesta quarta-feira (25/8), às 18h30 via plataforma Zoom. Vão avaliar as negociações do último dia 19 entre o Sindicato e representante da Gestão de Pessoas (Gepes) e da Plataforma de Suporte Operacional (PSO) e a partir daí decidir quais serão os desdobramentos. A pauta da reunião foi o fim das metas impostas aos caixas e da sobrecarga de trabalho, além da viabilização da troca de local dos que foram removidos compulsoriamente.
Na prática, não houve avanço em direção a soluções para a maioria dos problemas. Na negociação, as remoções compulsórias foram duramente criticadas. O banco tentou justificar dizendo que elas são realizadas segundo cálculos da diretoria do BB, atendendo a critérios técnicos. “O fato é que colocaram em risco a vida das pessoas. Os gestores da Gepes e do PSO disseram que há 16 vagas para as quais os funcionários poderiam ser removidos. Porém, não informaram quais seriam estas dependências. Sugerimos a criação de um canal para que seja feita a troca de funcionários, o que ajudaria a minimizar o prejuízo causado pela situação gerada pela diretoria do BB”, afirmou Rita Mota, da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) e diretora do Sindicato.
Em relação à redução de postos de trabalho, os representantes do BB argumentaram que ‘fez parte de uma adequação’ para ‘garantir competitividade’ e ‘fazer frente à concorrência’. Numa aparente tentativa de reduzir a responsabilidade do banco pela sobrecarga, os gestores disseram que dos 858 caixas, 182 estão em teletrabalho.
Privatização
Rita lembrou que com a reestruturação imposta pelo governo em janeiro como preparação da privatização, houve uma drástica redução do número de funcionários e pontos de atendimento, impactando o funcionalismo, com aumento da sobrecarga de trabalho, e os clientes. Lembrou que a situação foi agravada com remoções compulsórias para locais distantes da residência o que, com a pandemia, aumentou o risco à vida dos funcionários, sobretudo no transporte.
Para agravar o problema, o BB manteve as metas de venda de produtos o que, no caso dos caixas, foi ainda mais desumano, já que tinha que ser feita paralelamente à atividade-fim. A reestruturação acabou, ainda, com a função de caixa, medida derrubada por ação com pedido liminar, movida pela Contraf-CUT e acolhida pela Justiça. “Além um ataque ao próprio Banco do Brasil com intuito privatista, a redução de agências e postos de trabalho foi imposta no meio de uma pandemia, tendo consequências muito graves para a vida dos funcionários e da clientela, em mais um exemplo da irresponsabilidade negacionista deste governo, que não podemos aceitar”, criticou.