Quarta, 18 Agosto 2021 17:46

Greves e protestos nas ruas de todo o Brasil contra Bolsonaro, a reforma administrativa e a MP 1045

Protesto na Candelária vai seguir até a Alerj contra a reforma administrativa de Bolsonaro Protesto na Candelária vai seguir até a Alerj contra a reforma administrativa de Bolsonaro

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

Em pelo menos 20 estados, servidores públicos federais, estaduais e municipais (em greve de 24 horas), trabalhadores do setor privado e de empresas estatais, como os bancários, estão nas ruas, nesta quarta-feira (18/8) para exigir a rejeição da Proposta de Emenda Constitucional 32, que institui a reforma administrativa. No Rio de Janeiro, capital, a manifestação começou na Candelária e de lá seguiu até a Assembleia Legislativa (Alerj). Os trabalhadores dos Correios, empresa ameaçada de privatização, estão em greve.

A PEC 32 afeta toda a população. Prevê a entrega dos serviços públicos a empresas privadas, abrindo a possibilidade de cobrança; autoriza a contratação sem concurso transformando o setor em um curral eleitoral; e ainda acaba com inúmeros direitos dos servidores. Bolsonaro alega a ‘necessidade de cortar custos’, mas, com isto, desmonta a estrutura responsável pelo atendimento público, como o Sistema Único de Saúde (SUS), e programas sociais. A verdade é que a economia visa ampliar os recursos do Orçamento voltados para o pagamento da dívida pública a bancos e aumentar os lucros de empresas privadas, que passariam a manipular bilhões em recursos públicos.

Veja imagens do ato feitas pelo Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe). Para assistir, clique aqui.

Bancários nos atos

A categoria bancária participa dos protestos que exigem também o impeachment de Bolsonaro, a rejeição da Medida Provisória 1045 que acaba com uma série de direitos – reduz salários, autoriza a contratação sem carteira assinada e acaba com a jornada inferior a oito horas de categorias como os bancários, professores e aeroviários. As manifestações são ainda contra a privatização das estatais, como Correios, Eletrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Ferreira, na Candelária, ressaltou que os bancários se somam à luta dos servidores públicos contra a PEC 32. “Estamos hoje nas ruas contra a reforma administrativa do governo Bolsonaro que retira direitos, não só dos servidores, mas ataca os direitos da população aos serviços públicos”, enfatizou.

Lembrou que, mais uma vez, Bolsonaro quer atacar funções essenciais a brasileiros e brasileiras e ao desenvolvimento da sociedade. “Traz também uma ameaça aos bancos públicos. Por isto, nós, bancários, estamos juntos, nas ruas, com os demais trabalhadores e servidores públicos contra a PEC 32 e para exigir Fora Bolsonaro”, afirmou.

Nos demais estados

Houve atos em todas as capitais dos estados e em Brasília. Na capital federal, o protesto começou pela manhã na Esplanada dos Ministérios, seguido de passeata em direção ao Anexo II da Câmara dos Deputados. Participaram lideranças das entidades dos servidores e parlamentares da oposição.  

Estão acontecendo manifestações em inúmeras cidades, entre elas, as capitais Salvador (BA), Fortaleza (CE); Vitória (ES), Goiânia (GO); Belo Horizonte (MG), Belém (PA); Curitiba (PR); Recife (PE); Teresina (PI), Rio de Janeiro, Resende, em Nova Friburgo e em Niterói (RJ); em Natal (RN); em Porto Alegre (RS); em Porto Velho (RO); Florianópolis (SC); em São Paulo, em Campinas, na Baixada Santista, em Bauru; Santo André (SP); e Aracaju (SE).

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