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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Fonte: Contraf-CUT
O Comando Nacional dos Bancários debateu com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) nesta sexta-feira, 13 de agosto, o processo de retorno ao trabalho presencial da categoria. O movimento sindical está preocupado com a situação da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Situação no Rio
No Rio de Janeiro, há uma explosão de novos casos do vírus pois a cidade é o epicentro da variante Delta do novo coronavírus. A informação foi confirmada pelo próprio prefeito Eduardo Paes (PSD), durante a apresentação do 32º Boletim Epidemiológico do Município, na sexta-feira (13). A situação preocupa o Sindicato dos Bancários do Rio.
“Estamos muito preocupados com a precipitação dos bancos em relação ao retorno para o trabalho presencial. A situação no país ainda é grave, uma média diária de mil mortes e no Rio de Janeiro, em especial, não há como voltar à normalidade diante do crescimento de casos e do reconhecido das autoridades que a cidade se tornou o epicentro da variante Delta do vírus. É preciso garantir a vida de todos os bancários e bancárias e dar uma proteção especial aos mais vulneráveis que têm algum tipo de comorbidade ou casos na família”, disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira, que é do Comando Nacional.
Os sindicalistas cobraram cautela, para não haver um retorno em massa e querem garantir melhorias e a padronização dos protocolos de prevenção para os funcionários que já estão trabalhando nas unidades físicas.
Falta vacinas
Após a Conferência Nacional, que será realizada por meio digital nos dias 3 e 4 de setembro, o Comando voltará a discutir o tema com os bancos.
Os bancários cobram ainda a imunização de toda a categoria. Em muitos municípios, como é o caso do Rio, governos estaduais e municipais ainda não anunciaram o calendário para vacinar os bancários. O Ministério da Saúde, após muita pressão do movimento sindical, incluiu os bancários e profissionais dos Correios entre as categorias prioritárias, já que são serviços considerados essenciais e o governo federal anunciou que 20% do estoque seria separado para imunizar estes trabalhadores. Entretanto, são poucas as cidades que definiram o início da vacinação das duas categorias.
“A falta de vacinas por causa da incompetência e a corrupção do Governo Bolsonaro , que deixou de comprar 70 milhões de vacinas Pfizer em agosto e setembro de 2020 e apostou no negacionismo e em falsas soluções, como a ivermectina e a cloroquina, agravou ainda mais a crise sanitária e impede o retorno à normalidade em nosso país”, criticou a vice-presidente do Sindicato, Kátia Branco.
O Brasil realizou a imunização completa (uma ou duas doses) em apenas 23,15% da população, pouco mais de 49 milhões de pessoas.