Quinta, 05 Agosto 2021 14:17
DIA NACIONAL DA SAÚDE

Sindicato cobra vacinação da Covid-19 e melhorias em protocolos de prevenção

Aumento da pressão e do assédio moral em função das metas, em plena pandemia, adoecem a categoria e também preocupam movimento sindical
O Sindicato cobra dos governos estadual e municipal e imunização de todos os bancários e bancárias e critica o aumento da pressão por metas cada vez mais abusivas nos bancos, que adoecem a categoria O Sindicato cobra dos governos estadual e municipal e imunização de todos os bancários e bancárias e critica o aumento da pressão por metas cada vez mais abusivas nos bancos, que adoecem a categoria

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Dia Nacional da Saúde é celebrado nesta quinta-feira, 5 de agosto, mas os bancários e bancárias não têm muito o que comemorar. O tema tem sido uma das prioridades nos encontros estaduais e nacionais dos funcionários e as propostas aprovadas vão nortear a 23ª Conferência Nacional da categoria, que acontece nos dias 3 e 4 de setembro. Os eventos têm sido realizados por videoconferência em função da pandemia da Covid-19, que é a prioridade número um do movimento sindical, para proteção das vidas.

A Secretaria de Saúde do Sindicato do Rio está preocupada com a demora da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado em definir o calendário de vacinação dos trabalhadores bancários. A categoria, após muita pressão dos sindicatos, foi incluída pelo Ministério da Saúde entre as prioritárias no Plano Nacional de Imunização (PNI), por ser considerada serviço essencial, no entanto, nem a Prefeitura, nem o Governo do Estado definiram o calendário de vacinação.

“A imunização dos bancários não é uma questão corporativa. A categoria, que não parou de trabalhar desde o início desta pandemia, convive com aglomerações e os ambientes de trabalho não possuem ventilação natural o que aumenta muito o risco de contágio. Não compreendo o que falta para os governos locais vacinarem a categoria”, critica o diretor do Sindicato, Edelson Figueiredo.

Os sindicatos reivindicam ainda melhorias nos protocolos de prevenção e um padrão único nestas medidas para facilitar a fiscalização e garantir a proteção de funcionários e clientes.

A verdade dos números

Números do Boletim Emprego em Pauta, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioecnômicos) confirmam que os bancários correm mais riscos do que a maioria dos demais trabalhadores.

Na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, o número de desligamentos por morte entre bancários subiu 176%, enquanto no mesmo período, outras categorias seguiram a mesma tendência de crescimento: 71,6%.

Metas adoecem

Outra preocupação do movimento sindical é em relação às inúmeras denúncias de aumento da pressão e do assédio moral por metas, resultando inclusive em demissões nos bancos privados e descomissionamentos no setor público. A situação das cobranças por resultados acontece em plena pandemia, o que vem adoecendo ainda mais os bancários.

“Este Dia Nacional da Saúde é propício para refletirmos sobre a saúde da categoria e será muito importante a participação dos bancários e bancárias nesta campanha nacional para avançarmos nas negociações com os bancos”, acrescenta Edelson. O sindicalista disse ainda que o trabalho em home Office aumentou ainda mais o número de trabalhadores adoecidos por LER-DORTs e pela falta de condições de trabalho.

“Temos casos de o bancário trabalhar na mesa de refeições, com o notebook no colo e as bancárias ainda têm que conciliar esta rotina com os cuidados com os filhos e a casa, sofrendo a dupla jornada. A falta de condições de trabalho somada à cobrança por metas em plena crise sanitária tornaram a situação insuportável para os funcionários”, conclui o dirigente.

 

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