Sexta, 23 Julho 2021 14:57
NINGUÉM AGUENTA MAIS

Sábado, 24 de julho, é todo o Brasil nas ruas pelo impeachment de Bolsonaro

Mais de 450 atos já foram confirmados em 25 capitais e no Distrito Federal, e em centenas de cidades do país. Não fique de fora dessa e faça parte da história
A cada manifestação, crescem a adesão e a participação popular pelo impeachment de Bolsonaro.  Organizadores preveem uma multidão muito maior neste sábado (24) A cada manifestação, crescem a adesão e a participação popular pelo impeachment de Bolsonaro. Organizadores preveem uma multidão muito maior neste sábado (24) Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Como nas Diretas Já, nos anos 80, em que milhões de brasileiros foram às ruas pedir democracia e o fim da ditadura militar, cresce o movimento popular em defesa da vida, da geração de empregos e renda e da retomada do desenvolvimento econômico e pelo impeachment do presidente Bolsonaro.

A expectativa é de que neste sábado, 24 de julho, multidões tomem as ruas de todo o país para protestar. No Rio, a concentração será novamente em frente ao monumento de Zumbi dos Palmares, a partir das 10 horas, na Avenida Presidente Vargas, seguindo em passeata até à Candelária.

Cresce apoio ao impeachment

Partidos de centro e centro-direita, como o PSDB, também já aderiram ao movimento que tem na vanguarda, partidos de esquerda e movimentos sociais.

“Não faltam motivos para todos os trabalhadores e até os micros e pequenos empresários participarem do ato. O desprezo de Bolsonaro pelas mortes de Covid-19 e o fato do governo não ter comprado 70 milhões de vacinas Pfizer no ano passado, a corrupção na compra de vacinas e a política econômica de Paulo Guedes de retirar direitos e privatizar bancos e empresas públicas, aumentos seguidos de combustíveis e gás de cozinha e a inflação que afeta ainda mais os pobres são razões mais do que suficientes para todos participarem dos protestos. O Brasil não aguenta mais um dia deste desgoverno”, disse Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Bolsonaro e o Centrão

Fragilizado e com a popularidade derretendo, Bolsonaro indignou muitos de seus próprios seguidores ao descumprir uma de suas principais promessas de campanha eleitoral, em 2018: o de não se aliar jamais ao Centrão. Na ocasião, o general Heleno Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), cantarolou: “Se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”...

Agora, Bolsonaro loteia mais cargos e cria mais ministérios para o setor mais fisiológico do Congresso Nacional e declarou: “Eu sou e sempre fui do Centrão”. Já o general Heleno teve a cara de pau de dizer que “mudou de opinião em relação ao Centrão”. A aliança inusitada busca salvar Bolsonaro do impeachment, já que não faltam crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República comprovados pela CPI da Covid-19 e investigações do Supremo Tribunal Federal de participação da família Bolsonaro nas fake news do chamado “Gabinete do ódio”. De olho também na reeleição em 2022, o governo busca base de apoio nos estados para um governo que não tem nenhum projeto, nenhuma obra relevante como cartão de visitas para apresentar e aprofundou a crise econômica, levando o Brasil para o fundo do poço numa das mais graves crises da história.

Proteste e previna-se - Os organizadores do movimento lembram que todos os participantes devem usar máscaras e álcool em gel, pois os cuidados de prevenção à pandemia precisam continuar.

 

Você tem muitos motivos para participar dos protestos

 

  • Bolsonaro não comprou 70 milhões de vacinas Pfizer, em 2020, matando milhares de brasileiros e brasileiras

 

  • Corrupção: o governo comprou vacinas 1.000% mais caras e máscaras 77% acima do preço

 

  • Bolsonaro disse que a Covid-19 era “uma gripezinha” e em suas lives sempre debochou da pandemia, desrespeitando as famílias em luto

 

  • O ministro Paulo Guedes quer privatizar bancos e empresas públicas, gerando mais desemprego e extinguindo a função social destas instituições, que o setor privado jamais irá desempenhar

 

  • A reforma tributária de Guedes põe fim aos tíquetes refeição e alimentação, acabando com a redução fiscal para empresas que oferecem o benefício aos seus empregados. O projeto vai falir milhares de bares e restaurantes.

 

  • A reforma da previdência reduziu pela metade o valor das pensões e reduziu em até 40% as aposentadorias e o trabalhador terá que contribuir 40 anos para receber o valor integral

 

  • Seguidas vezes, o Presidente da República e seus ministros militares ameaçam a democracia com discurso em defesa de um golpe e contra a democracia. 

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