Segunda, 28 Junho 2021 19:46

Sindicato debate pontos comuns da pauta da comunidade LGBTQIA+ com a luta de classes

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro promoveu na segunda-feira, dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho Gay, um debate sobre a inclusão da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho, inclusive no setor bancário, e a luta contra a discriminação. O lançamento da campanha na categoria aconteceu com a realização de uma roda de conversa (virtual), que contou com a presença do presidente da entidade, José Ferreira.

Unidos contra a opressão

O diretor do Sindicato Rogério Campanate, que faz parte do coletivo LGBTQIA+ na categoria, lembra que há pontos comuns entre a luta de classes e a pauta da comunidade gay.
“Queremos aprofundar a reflexão sobre os pontos comuns da opressão contra a Comunidade LGBTQIA+ e contra os trabalhadores de um modo geral”, explica.
O movimento já obteve conquistas importantes, como a união homoafetiva, a criminalização da homofobia e a liberação para doação de sangue, que foram garantidas por intervenção do poder judiciário. “É preciso debater a identidade, ou seja, me identifico como e com quem? É o reconhecimento do direito à igualdade e à diferença que buscamos na sociedade. Estas pautas não substituem questões da disputa de classe”, destaca o sindicalista.
A pauta identitária precisa ser apropriada pela esquerda com outras pautas anti-opressão. Ou corremos o risco de que o capitalismo se aproprie da pauta através do ideário liberal e neoliberal, como o empoderamento individual e a mobilidade social de alguns indivíduos dessas minorias”, explica Campanate.
Durante a live foi lançada uma campanha para ajudar a Casa Ném, que acolhe a comunidade LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social e outra incentivando a doação de sangue, que serão divulgadas com mais detalhes no site do Sindicato. O diretor Rodrigo Ripárdo, que pertence a Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato,foi quem organizou o coletivo da entidade sindical.

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