Os protestos nacionais reivindicando o impeachment do presidente Jair Bolsonaro que estava mprevistos para o dia 24 de julho, foram antecipados para este sábado, 3 de julho. O motivo são as suspeitas de corrupção nas negociações da compra da vacina indiana Covaxin contra Covid-19 pelo governo federal. No último dia 19 de junho, milhares de pessoas foram às ruas nos 26 estados e no Distrito federal cobrar a aceleração da vacinação, empregos e o “Fora, Bolsonaro”.
O governo federal deixou de comprar 70 milhões de vacinas Pfizer em agosto e setembro de 2020 sob a alegação do ex-ministro da Sáude, o general Eduardo Pazuello, de que os preços estavam muito elevados, mas o governo comprou a vacina indiana, antes da autorização da Anvisa, por um valor 1.000% mais caro do que o anunciado pela própria fabricante seis meses antes. Jair Bolsonaro foi avisado antes da assinatura do contrato e nada fez para impedir a compra superfaturada. O fato motivou os organizadores a antecipar as manifestações e a reforçar o superpedido de impeachment do presidente.
“É importante a presença dos bancários e bancárias nos protestos em defesa da vida, do emprego e contra as privatizações”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira.
Dia 24 de julho está confirmado o ato nacional contra Bolsonaro e no dia 30, a entrega do superpedido de impeachment, em Brasília, com protestos em todo o país. Com a popularidade derretendo, parte do chamado Centrão já teria desembarcado da base de apoio ao governo no Congresso Nacional. No Rio, a concentração do ato será a partir das 10 horas, no monumento Zumbi dos Palmares, e os manifestantes vão sair em caminhada até a Candelária.