Milhares de pessoas tomaram as ruas de todo o país, nos 26 estados, no interior e em Brasília no sábado, 19 de junho, para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os manifestantes defenderam a vacinação para todos contra a Covid-19, geração e garantia no emprego e o pagamento de um auxílio emergencial de R$600. Os protestos foram muito superiores à motociata promovida pelo Presidente da República, em Recife, no domingo (20), que registrou a participação de 3.500 veículos . Ao contrário dos atos públicos em favor do governo federal, os manifestantes que defenderam o impeachment do presidente, usavam máscaras e criticaram o descaso do governo federal com a pandemia e a insistência de Bolsonaro em fazer campanha contra as medidas de proteção e pelo fato de o governo não ter comprado vacinas suficientes para imunizar a população brasileira, defendendo o chamado “tratamento precoce”, contrariando a orientação de sanitaristas e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O governo gastou cerca de R$90 milhões em remédios ineficazes e superfaturados que agora estão encalhados em vez de investir na produção de vacinas dos institutos Butantan, em São Paulo e Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Bancários na luta

No Rio, os organizadores avaliam que mais de 70 mil pessoas participaram dos protestos, além de atos públicos em 29 municípios do interior do Estado. Em São Paulo, pelo menos 100 mil pessoas lotaram a Av. Paulista. Bancários participaram dos protestos. Dirigentes do Sindicato levaram uma faixa na manifestação que percorreu a Avenida Presidente Vargas, com os dizeres “Bancários na luta por auxílio emergencial digno, garantia no emprego e defesa dos bancos públicos”.
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