Sexta, 11 Junho 2021 16:52
VACINA JÁ!

Sindicatos entregam ao Ministro da Saúde pedido de vacinação prioritária para bancários

Comando Nacional entrega pareceres médicos e técnicos que mostram porque a categoria deve ter prioridade no Plano Nacional de Imunização
EM BRASÍLIA - A presidenta da Contraf-CUT Juvandia Moreira entrega o pedido de prioridade da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 ao ministro da Saúde Marcelo Queiroga EM BRASÍLIA - A presidenta da Contraf-CUT Juvandia Moreira entrega o pedido de prioridade da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 ao ministro da Saúde Marcelo Queiroga Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A Confederação Nacional dos Bancários (Contraf-CUT) entregou nesta sexta-feira, 11 de junho, ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, solicitando a inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. Os bancários entregaram pareceres médicos e técnicos que justificam a reivindicação dos bancários.

O ministro prometeu encaminhar o documento à equipe técnica que estuda o PNI. “Ele disse que a decisão não é individual dele, mas desta equipe”, informou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

O ofício entregue pelos sindicatos lembra que “a atividade bancária é considerada essencial nos termos do Decreto n° 10.282 de 20 de março de 2020, alterado pelo Decreto n° 10.329 de 28 de abril de 2020, que regulamenta a Lei n° 13.979 de 6 de fevereiro de 2020”.

“Não estamos pedindo um privilégio, mas mostrando com dados técnicos que incluir a categoria bancária entre as prioritárias na vacinação é uma necessidade para trabalhadores que estão colocando suas vidas em risco desde o início da pandemia, enfrentando aglomerações nas agências, já que somos considerados serviços essenciais”, explica o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira.

O movimento sindical avalia como “muito positiva” a reunião com o ministro e há a expectativa é de que a demanda, mais do que justa, seja atendida pelo governo federal, até por que protege também a população que busca os serviços nos bancos, inclusive os mais de 67 milhões de beneficiários do programa do auxílio emergencial, na Caixa Econômica Federal.  

Mortes crescentes 

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que a reivindicação dos bancários  tem fundamento: com o agravamento da pandemia no país, a média mensal de óbitos na categoria saltou de 18,33 no primeiro trimestre de 2020 para 52 vidas no mesmo período de 2021, um crescimento de 176,4%, bem acima da média nacional. As mortes de trabalhadores de todas as categorias cresceu 71,6% no mesmo período. 

“A prioridade hoje é a defesa da vida, mas a imunização é também uma forma de contribuir para a defesa dos empregos, e defendemos a vacina para todos, já, o que poderia ter sido feito se o governo tivesse comprado cerca de 70 milhões de vacinas Pfizer”, acrescenta Ferreira.

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