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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Ventos de esperança estão soprando na América Latina. Após as vitórias eleitorais do campo popular na Argentina, Bolívia e México e de protestos contra governos de direita e neoliberais, nas ruas do Chile e Colômbia, o candidato da esquerda Pedro Castillo, do Partido Perú Libre, após décadas de domínio conservador, lidera a lenta contagem dos votos, com 50,2% dos votos válidos contra 49,8% de Keiko Fujimori, do Fuerza Popular, de direita.
Castillo manteve a apertada vitória também na área rural, onde Fujimori esperava conseguir uma virada. Prevendo a derrota e desesperada, Keiko, filja do ex-ditador Alberto Fujimori, denunciou na noite da última segunda-feira (7), “indícios de fraudes na eleição” e “uma série de irregularidades” e avalia entrar com recursos na Justiça, o que é rechaçado pelo partido vitorioso.
Com mais de 98% dos votos computados, os eleitores de candidato a esquerda temem um golpe e tomam as ruas do país para que seja garantida a vitória histórica de Castillo.
Segundo o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE, na sigla em espanhol), a diferença é de apenas 71.764 votos.
Que os ventos que sopram no continente inspirem ao povo brasileiro em 2022.
Pesquisas manipulam
Como já é comum nos países da América Latina, as pesquisas de opinião, que são contratadas pela mídia, financiada pelo grande capital, tentaram induzir o voto em favor da candidata de direita, apoiada por bancos e grandes corporações. Segundo instituto Ipsos, Fujimori teria 50,3% dos votos válidos contra 49,7% de Pedro Castillo, ao contrário do que revelaram as urnas, apesar da disputa apertada.