O novo não nasce do vazio: ele traz em si a marca de um passado, do antes, que proporcionou o seu surgimento. Essa imagem surge forte no início desse mandato, que celebra as lutas e conquistas da administração anterior, dando continuidade a práticas comprovadamente vitoriosas e aprimorando o que precisa ser melhorado.

Nesse momento que enfrentamos, somos ameaçados tanto por um vírus que pode ser fatal quanto por um governo que está a favor dele, e não do povo. Aos 91 anos o Sindicato está convencido que, mais do que nunca, a união é nossa melhor arma. E por isso vai contar com todas e todos para estarmos cada vez mais na luta ao lado do trabalhador e a seu serviço.
O mandato que ora se inicia quer renovar a esperança – que, vamos admitir, andava bem enfraquecida, quase maltrapilha, diante do “combo matador” coronavírus + Bolsonaro. As manifestações desse fim de semana ressoam em nosso peito e fortalecem a nossa motivação para a luta.

E precisamos lutar muito nesse Brasil que chega à metade do ano com apenas 10% de sua população vacinada. Além de exigir do governo maior velocidade na vacinação, precisamos priorizar as categorias profissionais que, desde o início da crise, foram consideradas essenciais: atendentes de supermercado, padaria e farmácia, por exemplo, e nós, bancários. A exceção daqueles que adotaram o home office, estamos há mais de um ano lidando diariamente com o público, nos ambientes nada arejados das agências bancárias, portanto, superexpostos.
Assim seguiremos, em luta unificada pela saúde da categoria e da população em geral, e contra aqueles que adoecem o povo, ao invés de protegê-lo. Não daremos trégua a esse governo enquanto continuarmos a ser cotidianamente atacados, seja por ações perversas, falas desrespeitosas ou simplesmente total incapacidade de comandar o país.

A gestão Unidade na Luta tem pela frente desafios imensos: as ameaças aos bancos públicos, a retirada de direitos, a ausência de ações concretas que ajudem a movimentar a economia, gerar empregos e renda. Nossa categoria enfrenta ainda as profundas mudanças tecnológicas, o home office que não se restringirá à pandemia, o fechamento de agências. A lista de questões importantes a serem enfrentadas é imensa, mas também é enorme nossa disposição de luta, agora renovada com a ampliação das alianças que potencializam a força para resistir e seguir. No que depender de nós, os laços com a categoria também serão mais fortes e abrangentes. Nosso início de mandato é marcado por um convite a cada bancária e bancário.

Nossas portas e canais de comunicação estão e estarão sempre abertos à participação, colaboração, construção coletiva. O voto de confiança depositado virtualmente na urna para a nossa eleição foi só início da nova caminhada. Queremos seguir caminhando juntos(as). E, tenha certeza, contamos com você.

José Ferreira, Presidente do
Sindicato dos Bancários Rio