Sábado, 29 Mai 2021 18:29
FORA GENOCIDA

Protestos pela vacina Já e impeachment de Bolsonaro tomam ruas de todo o país

Bancários participam de manifestação e reivindicam que a categoria esteja entre as prioritárias no Plano Nacional de imunização
No Rio e em pelo menos 170 municípios de todo o país, o povo foi às ruas protestar contra os mortos pela Covid-19, a redução do Auxílio Emergencial e pelo impeachment do presidente Bolsonaro No Rio e em pelo menos 170 municípios de todo o país, o povo foi às ruas protestar contra os mortos pela Covid-19, a redução do Auxílio Emergencial e pelo impeachment do presidente Bolsonaro Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Na maior manifestação em protesto contra o descaso do Governo Bolsonaro em relação as 460 mil vítimas da Covid-19, na defesa da imunização da população, por mais empregos e pelo impeachment do presidente da República, milhares de pessoas ocuparam as ruas de pelo menos 22 capitais e cidades do interior em mais de 170 municípios de todo o país. O número de pessoas nas ruas foi acima do esperado, em função da pandemia.

A defesa do auxílio Emergencial também esteve na pauta. O governo reduziu o valor que havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, que era de R$600 e vai pagar de R$ 150 a R$ 375 por mês.

Este foi o maior conjunto de atos em nível nacional em defesa da vida e em protesto contra milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas, se o Ministério da Saúde tivesse comprado, em agosto e setembro, vacinas suficientes. Segundo alguns cientistas políticos, a CPI da Covid contribuiu para pautar à sociedade e os movimentos sociais, aumentando a indignação contra o presidente Bolsonaro, que faz deboche da pandemia em suas lives diante da mais grave crise sanitária e econômica da história.

Os participantes dos atos culparam Bolsonaro pelo fechamento do comércio que levou lojas à falência e trabalhadores a perderem seus empregos, já que sem vacina, não há como evitar o lockdown.  

Organizados pelos movimentos Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e o Povo na Rua, os protestos foram pacíficos.

Manifestação no Rio

No Rio, os manifestantes fizeram uma passeata na Avenida Presidente Vargas, do monumento de Zumbi dos Palmares até a Candelária.

Dirigentes sindicais bancários estenderam uma faixa com a hashtag #BancosExploram e  a frase “Bancários são essenciais e exigem respeito – o Sindicato na  Luta com Você”.

“Todo mundo tem um ente querido que se foi em função da Covid-19 e estávamos com este grito pela vida e contra o governo fascista reprimido pela pandemia. O povo estava há muito tempo querendo vir para às ruas e as manifestações foram muito positivas para expressarmos toda a nossa indignação contra este presidente genocida”, disse a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Cida Cruz.

Cidades do interior, como Petrópolis, também tiveram manifestações pela aceleração do ritmo da vacinação, a defesa do auxílio emergencial e a valorização da educação e da saúde no país.

Avenida Paulista e BH

Em São Paulo, os manifestantes lotaram a Avenida Paulista e era comum gritos e faixas de “Fora Bolsonaro". Em Ribeirão Preto, São Carlos, Praia Grande, Assis, Campinas, Indaiatuba, Jacareí, Santos, Taubaté e Ubatuba, entre outras cidades também teve protestos.  

Em Belo Horizonte, os ativistas seguiram da Praça da Liberdade até a Praça Sete e em Brasília o povo protestou em frente à Esplanada dos Ministérios.

Nordeste presente

Em Fortaleza, no Ceará, mais de três mil pessoas participaram da passeata e houve ainda uma carreata contra o governo federal. Em Recife, a PM lançou bombas contra manifestantes, que atingiu a vereadora pernambucana Liana Cirne (PT). Teve mobilização na Bahia, Alagoas, Maranhão, Piauí, nas cidades de Manaus e Natal

Sul também na luta

Em Porto Alegre, a manifestação teve início nas proximidades da prefeitura e seguiu pela Avenida Borges de Medeiros até a Rua Riachuelo. Em Florianópolis e Curitiba, nichos bolsonaristas nas eleições de 2018, também teve atos públicos.

Ao contrário dos eventos liderados pelo presidente Bolsonaro, as manifestações de sábado (29), apesar de uma inevitável aglomeração, tiveram grupos distribuindo manuais com protocolos com medidas de segurança contra a Covid-19 e os participantes usavam máscaras. 

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