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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A morte de pessoas com 60 anos ou mais retirou R$ 3,8 bilhões de circulação da Economia. Até abril, foram 301 mil vítimas da covid-19 constatadas dentro dessa faixa etária.
A estimativa é do Valor Econômico e foi avalizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O levantamento usou mortes listadas na CRC (Central de Informações do Registro Civil), e informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2019.
“Em muitos casos, quando o idoso morre, a família entra na pobreza”, declara ao jornal a economista do Ipea Ana Amélia Camarano, especializada na 3ª idade. “No Brasil, ainda se entende a Previdência Social como gasto e não como elemento estrutural do Estado de bem-estar social”, afirma.
Segundo Ana Amélia, quando morre um idoso do qual uma família depende, o impacto médio é de uma redução de 48,4% na renda per capita dos familiares remanescentes, que cai de R$ 1.475,6 para R$ 760,4. Quando comparado com a morte de um adulto, por morte ou desemprego, a queda é menor, de 43,7% para os remanescentes da mesma família.