Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Nesta quarta-feira, 28 de abril, é celebrado o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. A data é um momento importante para bancários e bancárias debaterem a vulnerabilidade da categoria em relação às LER/Dorts e neste momento de pandemia à Covid-19.

O diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato do Rio Gilberto Leal cobra dos bancos mais responsabilidade e medidas eficientes em relação à saúde dos empregados.

“A nossa categoria está entre as que mais sofrem com as LER/Dorts e doenças psicológicas em função da sobrecarga de trabalho, além da pressão e assédio moral por causa das metas absurdas. Nem mesmo num momento tão grave como este de pandemia, os bancos se preocuparam em colocar os lucros em segundo plano para priorizar a vida dos trabalhadores”, afirma.

Protocolos descumpridos

Na avaliação do sindicalista, nem mesmo na questão dos protocolos de prevenção à Covid-19, o setor tem cumprido como deveria em relação aos locais de trabalho.

“Os bancos relaxaram nas ações preventivas em vez de intensificarem as medidas necessárias para proteger a vida de bancários e da população que procura os serviços nas agências. Além disso, pressionaram funcionários a voltar para o trabalho presencial e obrigam tantos outros a fazerem visitas a clientes para atingir metas e elevar os lucros. É uma desumanidade”, acrescenta Gilberto.

Silêncio quanto a vacinação

O sindicalista cobrou ainda uma posição dos bancos em defesa da inclusão da categoria entre as categorias prioritárias para a vacinação da Covid-19.

“Somos considerados essenciais, trabalhamos desde o início da pandemia e nada mais justo do que estarmos entre as prioridades no Plano Nacional de Imunização do Governo Federal. A Fenaban deveria pressionar o governo e o Congresso Nacional para vacinar os bancários com o mesmo afinco que faz em seus lobbys por reformas trabalhistas e previdenciárias que sempre prejudicam os trabalhadores”, critica.

Abril é considerado o mês da conscientização em relação à saúde do trabalhador. No dia 7 foi o Dia Mundial de Saúde, no momento em que o Brasil enfrenta o agravamento da pandemia e disputa no mundo a liderança negativa dentre as nações como o epicentro do planeta da pandemia.