Segunda, 26 Abril 2021 21:01
ESTADO DE GREVE

Empregados da Caixa param na terça (27) contra venda de ações e por PLR justa

Bancários protestam ainda contra o desmonte da empresa e denunciam a intenção do ministro da Economia Paulo Guedes de privatizar o banco
José Ferreira convoca os empregados da Caixa a participarem da mobilização contra o fatiamento da empresa e o projeto privatista do governo e em defesa dos direitos dos bancários José Ferreira convoca os empregados da Caixa a participarem da mobilização contra o fatiamento da empresa e o projeto privatista do governo e em defesa dos direitos dos bancários

Os empregados da Caixa Econômica Federal vão paralisar as atividades nesta terça-feira, dia 27 de abril em protesto contra a venda de ações e o desmonte da empresa, medidas que visam à privatização da única estatal 100% pública no país e por uma PLR Social justa. A decisão faz parte do estado de greve aprovado em assembleia virtual realizada na última quinta-feira (22), decisão que é uma resposta dos bancários aos ataques da direção do banco aos direitos dos funcionários e do Governo Bolsonaro aos bancos públicos. De um total de 542 votantes, 503 aprovaram o estado de greve, apenas 32 votaram não e houve sete abstenções.
“Foi muito importante a participação dos empregados da Caixa nas duas plenárias que realizamos e nesta assembleia, demonstrando que estamos atentos e na luta resistindo contra o fatiamento da Caixa e o projeto de privatização do governo Bolsonaro e seguimos na defesa de nossos direitos, como a garantia do pagamento integral da PLR como foi acordado pelos sindicatos com a direção da empresa”, avalia o diretor do Sindicato do Rio e presidente eleito, José Ferreira. O movimento sindical considera a greve de 24 horas desta terça (27) uma advertência à direção da Caixa e uma necessária demonstração de força e unidade dos empregados.
Na segunda-feira (26), as entidades realizaram uma live para discutir os assuntos que envolvem a privatização e a descapitalização do banco público.
Por que participar

1°) A venda de ações da Caixa Seguridade consolida o projeto de privatização da Caixa Econômica em partes, abrindo mão de importantes ativos do banco;
2°) A Caixa quer transformar os empregados em cúmplices da privatização. A estratégia é seduzir o bancário a comprar ações e transformá-lo em agentes da privatização da própria empresa;
3º) Comprando ações, o empregado contribuirá para fechar o seu próprio posto de trabalho. Ou seja, fica com as ações, mas perde o emprego;
4º) A privatização da Caixa compromete o futuro de outros patrimônios dos empregados, como o Saúde Caixa e a Funcef;
5º) O banco ainda está aproveitando o momento para impor metas. Cada agência deve vender parte das 450 milhões de ações a serem abertas na bolsa no dia 29 de abril. Ou seja, como acionistas, os bancários serão reféns da própria exploração.

Orientações sobre a paralisação:

• Aos empregados no trabalho presencial: não comparecer ao local de trabalho no dia 27.
• Para os empregados em trabalho remoto: não devem logar a máquina no dia 27.
• Quem faz o movimento forte somos todos nós, e isso inclui você!

 

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