Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A Covid-19 fez mais uma vítima no movimento sindical. Depois de perder Lígia Deslandes, secretária-geral da CUT-Rio e diretora do Sintramico-RJ  (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo),  agora foi o presidente do Sindicato dos Bancários de Rondônia José Pinheiro de Oliveira, de apenas 53 anos de idade, que faleceu na sexta-feira, 23 de abril, de complicações causadas pela infecção do coronavírus, deixando esposa e dois filhos. O bancário estava internado há 42 dias no Hospital Prontocordis, em Porto Velho.

Pinheiro, como era mais conhecido, era funcionário do Bradesco (Bamerindus – HSBC) desde 1987. Graduado em Letras/Português e formando em Direito, era dirigente sindical desde 2002. Atuou como diretor de base, conselheiro fiscal, secretário de Saúde, secretário de Finanças e, atualmente, estava no seu terceiro mandato como presidente do SEEB-RO. Também era membro do Comando Nacional dos Bancários e Secretário de Cooperativas da Fetec-CN-CUT até recentemente, quando uma nova diretoria da Federação foi eleita.

Governo genocida

Até quando? Quantas vidas ceifadas a mais serão necessárias para que o presidente Jair Bolsonaro desça do palanque de sua insana campanha e lives debochadas e histéricas e vai governar o país, levando a sério a pandemia? Quando o governo começará a coordenar nacionalmente o combate à Covid-19, ajudando estados e municípios? Já são quase 390 mil mortos. Vários governos começam a suspender voos para o Brasil porque o mundo já sabe que o país é o novo epicentro da pandemia no planeta. O presidente brasileiro deixou de comprar 20 milhões de vacinas em agosto e setembro por causa de sua guerra particular com a China e agora, o povo brasileiro paga caro, com a própria vida.

A pandemia é mundial e não é culpa do governo brasileiro. O descaso e a incompetência em lhe dar com a pandemia, sim. Não é meramente um chavão político, mas é um fato: sim, Bolsonaro é genocida.