EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Hoje ele nos deixou e ousamos afirmar que jamais haverá alguém como Jorge Couto. Bem sabemos, que todas as pessoas são únicas, mas o Couto era um personagem sem paralelo, similaridade ou comparação. Corpo esguio, pernas longas, jeito manso, sob a testa larga cabelos alinhados, voz rouca, olhar distante, fala suave, porém firme e cheia de convicções. Sempre tinha uma história para contar, porque viveu e participou de muitos episódios históricos. Seu compromisso inegociável era com a utopia de um mundo justo, bom e fraterno. Funcionário do Mercantil de São Paulo e militante sindical atuante fez do Sindicato dos Bancários sua ferramenta de luta, sua trincheira, sua causa, sua casa e o sentido de sua vida. Enfrentou a ditadura e o autoritarismo de vários governos, foi perseguido e cassado, mas nunca se rendeu, não esmoreceu e nem abandou a luta.
Na direção do sindicato ocupou postos importantes e sempre fazendo uso de sua inteligência, competência, experiência e sensibilidade. Deu contribuições valorosas e inestimáveis. Jorge Couto nunca deixou de fazer o bom e velho “trabalho de base”, tinha pleno conhecimento das vontades, tendências e necessidades da categoria bancária, e com ela tinha uma relação de intimidade e cumplicidade inigualáveis. Dirigente combativo, firme, leal e sincero que sabia ouvir, mas nunca se esquivava de ter posição e opinião.Por se dedicar e se preocupar com o destino de todas as famílias, Couto era amado e respeitado intensamente por sua esposa e filhas, e para com elas temos a dívida de muitos obrigados, pois tiveram a grandeza de partilhar o que consideravam o mais importante e que carinhosamente chamavam de marido e pai, e nós orgulhosamente chamávamos de camarada, companheiro e amigo. Não há dúvidas, jamais haverá alguém como Jorge Couto.