Quinta, 25 Março 2021 21:36
DESRESPEITO À CATEGORIA

Bancos recuam após orientação da Fenaban e consideram ‘dias normais’ o feriado antecipado

Instituições financeiras interpretam de forma equivocada a lei aprovada pela Alerj para não pagar horas extras e nem oferecer contrapartidas aos bancários
EM DEFESA DA CATEGORIA - Adriana Nalesso e José Ferreira: o Sindicato passou o dia desta quinta-feira (25) negociando para que a Fenaban respeite os direitos dos bancários, mas os bancos continuam intransigentes. O caminho judicial pode ser a solução para a defesa da categoria EM DEFESA DA CATEGORIA - Adriana Nalesso e José Ferreira: o Sindicato passou o dia desta quinta-feira (25) negociando para que a Fenaban respeite os direitos dos bancários, mas os bancos continuam intransigentes. O caminho judicial pode ser a solução para a defesa da categoria Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro defende a preservação da saúde e da vida de todos os bancários e bancárias e da população e entende que a lei do feriadão (9224/2021) criado pelo governo estadual e aprovado pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) deveria ser estendido a toda a categoria e, por isso, os bancos teriam que permanecer fechados neste período.  

“Infelizmente, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro não entendeu a importância que teria o fechamento das agências para proteção das vidas dos bancários e da população neste momento de elevação dos casos de contágios e de mortes pela Covid-19 e da necessidade de um lockdown para valer que não excluísse os serviços bancários daqueles que seriam suspensos, até porque são feriados que foram antecipados e não dias normais de trabalho”, protestou a presidenta do Sindicato Adriana Nalesso.

O Sindicato faz a sua parte

Diante da crise de liderança em relação aos decretos Estadual e Municipal, bem como da Lei aprovada na Alerj, o Sindicato enviou ofícios ao Governador Claudio Castro e ao Prefeito Eduardo Paes solicitando a adoção de medidas para a preservação da saúde e da vida dos bancários, bem como de clientes e usuários de bancos. A entidade sindical critica a postura dos bancos de não reconhecer o feriado estabelecido pelo governo estadual, no caso de três dias, para não pagar horas extras ou o gozo dos dias em outra data, como prevê a legislação trabalhista e o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria.

”Os bancos estão se utilizando de uma interpretação equivocada do decreto aprovado pela Alerj e querem impor aos bancários a convocação para o trabalho sem que haja como contrapartida o efetivo pagamento do adicional de horas extras por trabalho em feriado, ou seja, além do risco à saúde e a vida, querem impor prejuízo aos trabalhadores de uma forma ilegal”, disse o diretor da entidade sindical, José Ferreira.

”O Sindicato vem fazendo todos os esforços para solucionar o impasse criado pelos bancos e pelo decreto, mas o que se viu ao longo desta quinta-feira (25)  foi uma absurda mudança de posição por parte dos bancos em prejuízo à saúde, à vida e aos direitos dos bancários”, acrescenta o sindicalista, que tentou fazer com que a Fenaban respeite os direitos da categoria.

A presidenta do Sindicato cobrou também dos bancos e dos governos a vacinação de toda a categoria, já que esta é considerada como uma das prestadoras de serviços essenciais.

“Exigimos respeito por parte dos bancos. Defendemos que os bancários, que são considerados trabalhadores em serviços essenciais, sejam incluídos  também no rol de profissionais a serem vacinados prioritariamente. Os lucros jamais podem ser colocados acima da vida”, conclui Adriana.

Diante do posicionamento da Fenaban, o Sindicato irá buscar o diálogo banco a banco e em frustrado o entendimento estudará medidas judiciais em defesa dos direitos dos bancários.

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