Quarta, 24 Março 2021 14:23
A VERDADE VEM À TONA

Decisão do STF de suspeição de Moro comprova que eleição 2018 foi uma fraude

Lula durante interrogatório de cinco horas do então Juiz Sérgio Moro: “Estou sendo julgado pela construção um Power Point mentiroso. Aquilo é ilação pura. Não solicitei, não recebi e não paguei nenhum tríplex”, disse em sua defesa. O ex-presidente estava certo Lula durante interrogatório de cinco horas do então Juiz Sérgio Moro: “Estou sendo julgado pela construção um Power Point mentiroso. Aquilo é ilação pura. Não solicitei, não recebi e não paguei nenhum tríplex”, disse em sua defesa. O ex-presidente estava certo

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A decisão da 2ª Turma doo Supremo Tribunal Federal na última terça-feira (23), confirmando a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro no processo que havia condenado o ex-presidente Lula traz  à tona uma tese que muita gente defendia: a de que a prisão do líder petista foi absolutamente ilegal e exclusivamente para tirar Lula - até então líder nas pesquisas de opinião para presidente -  da disputa eleitoral e facilitar a vitória de Jair Bolsonaro.

A ministra Carmén Lúcia mudou o seu voto confirmando que Moro foi parcial após o Supremo já ter decidido que Lula precisa ter um novo julgamento que deverá ser feito pela Justiça do Distrito Federal e não mais pela chamada “República de Curitiba”, decidindo pela parcialidade e suspeição de Moro.  

A ministra afirmou que “novos elementos do processo permitiram uma nova análise, levando-a concluir que a atuação de Moro foi irregular no caso do triplex do Guarujá”, cujo o processo agora volta à estaca zero.

Nunes Marques, escolhido de Bolsonaro para o STF votou contra a declaração de parcialidade de Moro no caso do triplex, mas o placar foi de 3 votos a 2 pela rejeição da ação. No entanto, informações de bastidores dão conta que o Palácio do Planalto comemorou o resultado, em função do rompimento com Bolsonaro que levou Moro a deixar o Ministério da Justiça.  O ex-juiz estranhamente, trabalha agora em uma em uma consultoria para ajudar a Odebrech, empresa que quase quebrou com a operação Lava-Jato liderada pelo próprio Moro.

O conluio é revelado

A partir da divulgação das conversas hackeadas de Moro e do procurador do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol ficou claro que o então juiz quebrou um dos princípios básicos do direito, que qualquer aluno iniciante de uma universidade conhece como fundamental num julgamento: o da imparcialidade.

Além do juiz ter combinado estratégias e trocado informações com a acusação (MPF) para prender Lula, Moro assumiu publicamente a sua parcialidade ao aceitar o cargo de ministro no Governo Bolsonaro, cuja eleição foi beneficiada pela ausência do ex-presidente na disputa em 2018.

“A decisão mostra o que todos nós já denunciávamos e a grande mídia que deu legitimidade às ações e decisões ilegais de Moro: que o triplex nunca foi de propriedade do Lula e que o que aconteceu foi um processo político para impedir a reeleição de Lula e abrir caminho para a extrema-direita assumir o poder no Brasil”, avalia o diretor do Sindicato e da Secretaria de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar. Para o sindicalista, o resgate da verdade põe em cheque a eleição presidencial de 2018.

“Não foi uma eleição justa, democrática, mas a operação Lava-Jato influi diretamente no resultado ao tirar o direito do candidato líder em todas as pesquisas de participar da eleição e o juiz que liderou essa aberração jurídica foi ser ministro do candidato vencedor, por interesse pessoal de chegar ao STF. A justiça agora foi reestabelecida e Moro está completamente desmoralizado, mas não tenho medo de dizer que a eleição presidencial de 2018 foi um embuste, uma fraude”, completa Almir.

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