O Brasil registrou 1.383 novas mortes pelo novo coronavírus e 49.293 casos da doença na segunda-feira (22). Com isso, o total de mortos chegou a 295.425 e o de casos a 12.047.526, de acordo com o painel atualizado pelo Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), um sistema próprio de informações que reúne dados de contaminados e de óbitos em contagem paralela à do governo federal.
Com a explosão do vírus em todas as regiões do país e o Governo Bolsonaro insistindo no negacionismo da realidade e da ciência, sem coordenação nacional e sem vacina suficiente porque demorou a comprar, os trabalhadores vão realizar um lockdown nacional, nesta quarta-feira, dia 24 de março, com protestos, atos simbólicos e a paralisação de algumas categorias contra a política genocida do Palácio Planalto, que continua se limitando a transferir toda a responsabilidade da crise sanitária e econômica para prefeitos e governadores. Os bancários vão participar dos protestos. Serão respeitados o distanciamento e o uso de máscara como prevenção à Covid-19. A mobilização está sendo organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais pela Frente Brasil Popular e Brasil Sem Medo, entre outras entidades.

Empregos e auxílio emergencial

Além de cobrar a vacina para toda a população brasileira e pedir o impeachment do presidente Bolsonaro, o protesto será também em defesa da preservação dos empregos e pela continuidade do pagamento do auxílio emergencial de R$600 para quem precisa enquanto houver pandemia. “O governo Bolsonaro deu R$1,2 trilhão para os bancos, reduziu imposto sobre os lucros do sistema financeiro e na hora de socorrer o micro e pequeno empresário e o trabalhador alega não ter dinheiro. O discurso de Bolsonaro pela abertura do comércio é hipócrita e irresponsável. Medidas de prevenção como o isolamento social, uso de máscara e vacinação é que são fundamentais para a retomada das atividades econômicas”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção. “A categoria precisa participar vestindo preto em solidariedade àqueles que morreram vítimas da Covid-19 e para exigir vacina para todos. Pedir a abertura do comércio e a continuidade do funcionamento de bancos sem vacina e medidas preventivas é um genocídio”, desabafa José Ferreira, tesoureiro do Sindicato.