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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Usado no pagamento do auxílio emergencial, o Caixa Tem vai virar uma empresa independente, com ações listadas em Bolsa, até o início do próximo ano. A operação só aguarda a autorização do Banco Central (BC) para ser lançada, de acordo com a Caixa.
"Já temos a aprovação da Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) para realizar a criação dessa empresa. Falta só a aprovação final do Banco Central, mas estamos avançando muito rápido para a criação do banco digital", contou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, nesta quinta-feira (18/3), durante a apresentação dos resultados financeiros do banco.
Guimarães projeta que será possível concluir esse processo entre o fim deste ano e o começo de 2022, com o lançamento oficial do 'banco digital' e também a abertura de capital do Caixa Tem. E reforçou que o plano é fazer o IPO (oferta pública inicial de ações) do Caixa Tem tanto na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) quanto em uma bolsa do exterior.
"Estimo que, se houver essa autorização, entre o final do ano e o começo do ano que vem, terá a listagem no Brasil e fora também, dada a valorização que se dá à questão digital", afirmou Guimarães. O executivo também sugeriu que o Caixa Tem é um negócio atrativo para o mercado, pois reúne 107,2 milhões de clientes e registra mais operações de pagamento em débito e Pix que o restante da Caixa. "É muito importante, porque vamos utilizar não só no pagamento do auxílio, como em outros programas de benefícios sociais", lembrou.
A Caixa também pretende avançar com o IPO da Caixa Seguridade e com a oferta de ações do Banco Pan neste ano. Também está em estudo a abertura de capital da gestora da Caixa e da bandeira Elo, na qual a Caixa tem uma participação importante
Guimarães alegou que, apesar de o risco de interferências políticas em estatais ter assustado o mercado nas últimas semanas após o presidente Jair Bolsonaro trocar o comando da Petrobras, ainda há interesse dos investidores nas estatais brasileiras.
"Não vemos nenhum evento adverso para estatais. Pelo contrário. Entendo que há um interesse enorme em conhecer a Caixa Seguridade", retrucou o presidente da Caixa, ao ser questionado sobre o assunto.
O executivo ressaltou que há "confiança na Caixa e uma visão muito melhor do que existia antes". Por isso, aposta que haverá uma grande procura de investidores pessoa física pelas ações da Caixa Seguridade. Ele estima que o varejo vai responder por mais que os 10% "normais" neste IPO. "A maneira que as pessoas poderão ter um investimento na Caixa será via Caixa Seguridade. Não vejo receio em relação a essa questão de estatais", afirmou.