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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em reunião por videoconferência na terça-feira (16), decepcionou mais uma vez a categoria, rejeitando as reivindicações feitas pelo Comando Nacional dos Bancários.
Mesmo com o agravamento da pandemia da Covid-19, em que o Brasil tem sucessivos recordes de mortes pela doença, os bancos não aceitaram o compromisso de suspender as demissões que continuam a ocorrer nos bancos privados. Nos bancos públicos, a redução no número de funcionários ocorrem em função do processo desmonte que faz parte do projeto de privatização do ministro da Economia, Paulo Guedes. A alegação patronal é que as instituições financeiras ainda precisam avaliar a respeito da manutenção dos empregos.
Bancários farão protestos
O movimento sindical repudia a postura dos bancos, visto que numa crise sanitária e econômica agravada pela omissão e incompetência do governo federal, torna-se ainda mais difícil para um trabalhador desempregado retornar ao mercado de trabalho e o bancário ainda perde o seu plano de saúde em que as pessoas mais precisam de assistência médica, em função do colapso do sistema público pelo agravamento da pandemia.
A reunião desta terça-feira (16) era para os bancos responderem se voltariam a suspender as demissões, como no início da pandemia, o que não aconteceu. Para surpresa dos sindicalistas, os representantes dos bancos disseram que “a demissão na categoria é pequena”, o que não é verdade, pois os bancos já cortaram 82 mil postos de trabalho.
Visitas aumentam riscos
A sindicalista criticou ainda a manutenção das visitas de bancários aos clientes, o que eleva os riscos de contágio pela Covid-19.
“É inadmissível a continuidade de visitas a clientes com os casos de contágio e mortes explodindo no Brasil”, acrescenta.
Denuncie ao Sindicato
Adriana disse ainda que os bancários devem denunciar ao Sindicato, caso estejam sendo obrigados a fazerem visitas, bem como a ausência de protocolos nas unidades e o não fornecimento adequado de equipamentos e material de prevenção. Ligue para os telefones 2103-4121/4124/4172 (Secretaria de Bancos Privados) ou 2103-4122/4123 (Secretaria de Bancos Públicos), ou pelos emails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Mobilização nacional
O Comando Nacional vai organizar atividades nacionais em defesa da vida e da saúde no próximo dia 24 de março em protesto contra a postura insensível dos bancos denunciando os problemas aos clientes e a opinião pública. O objetivo do encontro era para que o setor suspendesse as dispensas como ocorreu no início da pandemia. No dia 23, às 18 horas, a página da Contra-CUT no Facebook vai transmitir uma live com o ex-ministro da Saúde e médico sanitarista Arthur Chioro, para debater o momento atual da pandemia, as medidas de proteção contra a covid-19 e a necessidade da vacina para toda a população, inclusive para a categoria bancária.
“Esta foi a terceira reunião em 2021 com o Comando Nacional sem respostas da Fenaban sobre medidas de segurança contra o contágio e a respeito da necessidade de suspensão das demissões e das metas neste momento tão delicado do país. É uma postura inaceitável. Não é possível só priorizar lucros em detrimento até mesmo da vida humana”, disse a a presidenta do Sindicato Adriana Nalesso.
Reuniões com cada banco
No encontro virtual do último dia 11 (sexta-feira), o Comando Nacional também apresentou as reivindicações de diminuição do horário nas agências, redução das metas e fim das visitas. A Fenaban também se comprometeu a dar respostas sobre as questões, mas ainda não apresento nenhuma proposta.
Serão marcadas reuniões diretamente com os bancos para checar as medidas de segurança que estão sendo adotadas em cada instituição.